Prefeitura de Goiânia escolhe praça do setor Oeste para projeto-piloto de paisagismo
Intervenção está a cargo de servidores da Comurg e utilizará técnicas importadas da UnB
A Prefeitura de Goiânia escolheu a Praça do Ipê, no Setor Oeste, para executar um projeto-piloto com técnicas de paisagismo trazidas da Universidade de Brasília (UnB). Foram 30 colaboradores da Companhia de Urbanização (Comurg) escalados para realizar o trabalho no local.
O novo método consiste em fazer a semeadura de forma direta sobre a cobertura vegetal morta, de modo a reduzir os custos de implantação dos jardins – uma vez que se elimina a fase de produção de mudas em viveiros.
A Praça do Ipê tem 12 canteiros. A primeira etapa de plantio aconteceu esta semana em seis deles. A Comurg vai utilizar plantas exóticas e nativas do Cerrado, como zínias, linhaças, margaridas, mini-neve-da-montanha, sálvia, pentas e euphorbias camarões.
Outra novidade é que o plantio misto cria circunstâncias favoráveis ao desenvolvimento das plantas em diferentes estações. Quando uma espécie chega ao final de seu ciclo, outra entrará em período de florescimento.
“Algumas espécies não vão precisar de irrigação. Outras receberão irrigação por gotejamento que reduz o gasto de água de maneira mais eficaz”, explica o engenheiro agrônomo Rafael Pacheco, responsável pela execução do plantio.
“A Praça do Ipê terá exuberância de flores e folhagens no período chuvoso. Já em épocas secas, a cobertura vegetal morta terá papel importante na formação do jardim, porque vai manter a umidade do solo e reduzir a quantidade de plantas infestantes, além de trazer microrganismos benéficos ao solo”, reforça Pacheco.
Outras praças devem passar por mudanças
O prefeito Rogério Cruz afirma que, se o projeto for bem avaliado, a administração municipal vai levá-lo às outras 1,3 mil praças de Goiânia. “A expectativa é a de que outros canteiros públicos possam ser beneficiados com esta novidade de manejo de plantas”, explica.
O presidente da Comurg, Alex Gama, lembra que a prefeitura já realiza um programa de requalificação de praças, chamado Projeto Flores. “Por meio deste modelo, podemos viabilizar a aplicação em outras praças e rotatórias, de modo a enriquecer os espaços urbanos”, afirma.