Após confirmar um óbito por febre amarela na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia está convocando toda a população para garantir a imunidade contra o vírus. Na capital, 24 postos de saúde, além das salas de vacinas, estarão recebendo os cidadãos para imunização de segunda a sexta-feira, das 8h às 18 horas.
A principal estratégia adotada pela SMS para controle e bloqueio da transmissão do vírus é a vacinação. “A vacinação é a forma mais eficaz de se proteger contra a febre amarela e é essencial para eliminar a doença de uma região. Goiânia é considerada área de risco para a febre amarela, portanto, a recomendação do Ministério da Saúde é de que a cobertura vacinal seja de 100% em menores de um ano”, afirma a técnica da Vigilância em Saúde, Laura Branquinho. Atualmente, essa cobertura tem ficado em torno de 88% na capital.
A vacina contra febre amarela, em pessoas sem problemas de imunidade, tem uma proteção de até 98% e está disponível nas salas de vacina das unidades de saúde de Goiânia durante todo o ano. A recomendação do Programa Nacional de Imunizações é de que duas doses são suficientes para proteção, sendo a primeira aos 9 meses de idade e a segunda aos quatro anos.
Diante da comprovação da circulação do vírus na cidade, o Ministério da Saúde recomenda a antecipação da primeira dose da vacina de febre amarela para crianças a partir de seis meses de idade. Portanto, em Goiânia, crianças a partir dos seis meses de idade devem receber a vacina contra a febre amarela, contudo ainda é necessário a realização do esquema primário desta vacina (aos 9 meses e 4 anos de idade), pois esta dose antecipada não é considerada válida para rotina.
Pessoas que já possuem duas doses registradas no cartão não precisam receber doses adicionais, pois já são consideradas adequadamente imunizadas. Pessoas acima de cinco anos que possuem apenas uma dose devem receber o reforço somente após dez anos, ou mais, da primeira.
Óbito
Na semana passada, foi confirmado um óbito pela doença, por transmissão silvestre, de um homem de 27 anos, ocorrido em 10 de abril. O jovem residia na região noroeste na capital e teve evolução rápida da doença. Em menos de 24 horas foi a óbito, tendo como prováveis causas dengue e meningite. O resultado do exame que apontou febre amarela saiu na última semana e foi realizado como diagnóstico diferencial pelo Serviço de Patologia do Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.
O rapaz não tinha histórico de viagem no último ano, porém realizava atividade física em um parque localizado em região próxima a outra, onde foi encontrado macaco morto em dezembro de 2015 com confirmação de febre amarela. A investigação epidemiológica revelou que o paciente tinha comprovação vacinal contra a doença, porém era imunossuprimido, devido à retirada do baço aos cinco anos de idade, o que pode ter diminuído a resposta à vacina.