CASO DE POLÍCIA

Prefeitura de Goiânia suspende contratos com empresas alvo de operação contra corrupção

Três empresas estariam envolvidas nas fraudes de, pelo menos, cinco licitações, com valores que chegam a R$ 50 milhões

Justiça suspende compra de livros suspeita de superfaturamento pela prefeitura de Goiânia (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Goiânia suspendeu contratos com empresas alvo de operação contra corrução. A determinação de Rogério Cruz (Republicanos) foi publicada no Diário Oficial da quarta-feira (20/3), data em que a Polícia Civil deflagrou ação para investigar fraudes em licitações na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), e nas secretarias Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), Municipal de Administração (Semad) e Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).

Em decorrência da operação policial, o então presidente da Comurg, Alisson Borges, foi afastado das funções e renunciou ao cargo na sequência. Agentes encontraram quase R$ 500 mil em dinheiro na casa do dirigente.

Empresas investigadas

A suspensão foi de todos os contratos firmados com as empresas: Sobrado Materiais para Construção Eireli; Gyn Comercial e Atacadista LTDA e Comercial J. Teodoro LTDA, interrompendo quaisquer fornecimentos/prestação de serviços. Além de pagamentos.

“Considerando a deflagração de operação investigativa, visando uma apuração mais aprofundada e detalhada dos fatos postos e, ainda, para a preservação do patrimônio público, determino a suspensão dos contratos firmados”, determinou o prefeito no despacho.

Operação contra corrupção na Prefeitura de Goiânia

A operação foi deflagrada na manhã da última quarta-feira (20) pela Polícia Civil, que cumpriu 32 mandados de busca e apreensão. Conforme as investigações, três empresas estariam envolvidas nas fraudes de, pelo menos, cinco licitações, com valores que chegam a R$ 50 milhões.

Além disso, cinco servidores da prefeitura de alto escalão são investigados:

  • Adriano Renato Gouveia (Diretor administrativo-financeiro da Comurg);
  • Alisson Silva Borges (ex-Diretor-Presidente da Comurg, que renunciou após a operação);
  • Denes Pereira Alves (Secretário Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia e ex-Secretário Municipal de Administração, o qual cumulou os referidos cargos até o final do ano passado);
  • Edimar Ferreira da Silva (Diretor de Urbanismo da Comurg);
  • Luan Deodato Machado Alves (Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente).

Outros 13 servidores municipais também são alvos de investigação.