Prefeitura de Vianópolis pode ser processada caso use verba pública para realizar Rodeio Show
O promotor de Justiça do Ministério Público do município de Vianópolis, Lucas César Ferreira, divulgou…
O promotor de Justiça do Ministério Público do município de Vianópolis, Lucas César Ferreira, divulgou na tarde dessa quinta-feira (21), que caso a Prefeitura Municipal insista em não cobrar entrada para o Rodeio Show, previsto para ocorrer nos dias 18 a 21 de agosto, vai apresentar uma decisão judicial contra o prefeito Samuel Cotrim nos próximos dias.
Toda a polêmica começou após a promotoria encaminhar nessa última semana, um ofício ao gabinete do prefeito, recomendando que o ingresso fosse cobrado, pois segundo Ferreira, a festa vai gerar mais de R$ 500 mil em custos para o município.
À reportagem, o promotor explicou que a cidade tem sofrido com vários serviços precários e que o dinheiro usado para custear o rodeio poderia ser investido na saúde, por exemplo.
“Recentemente um paciente morreu, porque o nosso hospital não realizava um exame específico e ele precisou ser encaminhado para Anápolis. Quando conseguiu o exame, descobriu que a doença já estava avançada”, conta Ferreira.
Além dos postos de saúde, o promotor também ressaltou que várias escolas estão com péssimas insfraestrutura. “O município prevê gastar R$ 1 milhão com o evento. Com o venda de camarotes e patrocínio, deve arrecadar cerca de R$ 650 mil e o restante do valor será pago com verba pública”, complementou.
Já a prefeitura enviou um ofício-resposta ao MP nessa última segunda-feira (18), afirmando que a entrada gratuita será mantida, pois compreende que “pode realizar o gasto com o evento sem prejudicar os demais serviços públicos, que vem sendo regularmente executados”, afirma o prefeito em nota.
No documento, o prefeito ressaltou também que “o gasto com o evento não será elevado, se comparado com os gastos realizados com os serviços públicos durante todo o ano. E o evento trará benefícios socioeconômicos à comunidade local”.
Quando questionado sobre a resposta de Cotrim, o promotor alegou que a recomendação serve como uma espécie de aviso e que registra o conhecimento da administração municipal.
“Depois desse ofício a prefeitura não pode alegar que não sabia da situação e que não foi avisada pelos órgãos competentes”, afirma Ferreira.
De acordo com o promotor, uma ação judicial será apresentada nos próximos dias contra a prefeitura, com o objetivo de barrar o uso de dinheiro público para a realização do evento.