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Prefeitura estuda implantar aplicativo para táxis em Goiânia

Grupo da administração municipal esteve no Rio para verificar funcionamento de ferramenta

Prefeitura estuda possibilidade de implantar aplicativo para táxis em Goiânia (Foto: Prefeitura de Goiânia)

A Prefeitura de Goiânia estuda a possibilidade de implantar um aplicativo para o serviço de táxis na capital. Diretores da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) estiveram na cidade do Rio de Janeiro para analisar o sistema Táxi-Rio, desenvolvido pela Empresa Municipal de Informática do Rio (IplanRio) e que já utilizado em mais de 60 cidades, oito delas fora do RJ. Uma reunião entre representantes das duas administrações está prevista para os próximos dias.

O superintendente de mobilidade da SMM, Marcos Villas Boas, afirma que é preciso modernizar o sistema de táxis controlado em Goiânia, pois só assim será possível confrontar outras empresas que oferecem transporte por aplicativo (e que, na opinião dele, não atendem bem a cidade).

“Eles têm se revelado predatórios com o motorista e deixado descontentes os usuários. Se uma pessoa está em um bairro distante, em meio à escuridão, tem dificuldade para conseguir um transporte por aplicativo. Uma das empresas abriu para que o motorista escolha o passageiro, ou seja, ele pode não atender se considerar que a corrida não é lucrativa. Ficou um sistema seletivo”, afirmou o surperintendente ao O Popular.

Villa Boas enfatizou que os táxis são uma concessão municipal, que possui licença, seguro, capacitação. “Tem uma série de garantias para deixar o usuário mais seguro”. Este mês, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, falou aos permissionários de táxi presentes na solenidade de assinatura da portaria que prorroga o prazo de licenciamento das permissões em Goiânia até o dia 31 de dezembro, sobre a intenção da administração municipal de implantar o sistema por aplicativo.

O funcionamento do Táxi-Rio foi verificado de perto em junho pelos diretores da SMM Jean Damas (Transporte) e Rangel Coelho Guimarães (Planejamento). “É um sistema maduro, avançado, com muitos indicadores. Ele mostra quantas viagens e a quilometragem feitas pelo motorista, o valor do ticket médio, se teve ou não desconto, se o motorista teve algum tipo de infração, se foi suspenso do sistema, se fez o trajeto determinado pelo aplicativo”, disse Jean.

A intenção da SMM é marcar, para a próxima semana, uma reunião virtual entre representantes da pasta e do IplanRio para detalhamento do assunto.

Aplicativo para táxis e suas vantagens

O sistema Táxi-Rio tem sido compartilhado para outras cidades através de um acordo de cooperação técnica. Com isso, não são gerados gastos para as prefeituras que fazem a adesão. Por esse motivo, mais de 60 municípios já utilizam a tecnologia e cidades do Pará, Maranhão, Paraíba e Pernambuco estão em fase de implantação. No Rio de Janeiro, já houve adesão de 98% dos taxistas, com ticket médio de corrida em torno de 17 reais.

Segundo informações do aplicativo, a estrutura de segurança rigorosa possibilitou 21% de banimentos por infrações de uso.

Para o taxista, a vantagem é que ele paga 5% da corrida. O valor é bem menor do que o cobrado por outros sistemas, que têm média 15%. “Neste momento estamos discutindo o que é melhor: se vale a pena fazer acordo com o IplanRio ou elaborar um sistema próprio”, afirmou o diretor de Transportes da SMM. Pelo Táxi-Rio, o passageiro pode visualizar o veículo mais próximo, conferir o valor, consultar o histórico do motorista e avaliá-lo.

Segundo a SMM, em Goiânia há cerca de 1.500 permissionários de táxi trabalhando regularmente. Número que pode crescer com o novo prazo de licenciamento, que vence no último dia do ano.

Marcos Villas Boas relata que a demanda está aquecida em razão dos problemas apresentados pelos aplicativos privados de transporte individual. “Estamos buscando soluções. Sem modernidade, os taxistas não conseguem concorrer.”