SAÚDE PÚBLICA

Prefeitura instala 3.250 armadilhas contra mosquito Aedes aegypti em Goiânia

Durval Pedroso explicou que no ano de 2022, a gestão municipal gastou mais de R$ 70 milhões com pacientes infectados somente com a dengue

Armadilhas contra mosquito da dengue (Foto: Prefeitura de Goiânia - Divulgação)

A Prefeitura de Goiânia lançou, na manhã desta terça-feira (24/01), mais uma linha de atuação para o enfrentamento ao Aedes aegypti na capital goiana. Trata-se da instalação de 3.250 armadilhas In2Care (in two care), que começaram a ser instaladas em locais estratégicos da cidade e visam expandir os modos de controle do índice de infestação predial em Goiânia.

As armadilhas são feitas com plástico durável, que na estrutura contém inseticida, fungo e água com odor específico, como isca para atrair mosquitos Aedes fêmeas que estão em época de postura de ovos. Os produtos biológicos matam tanto as larvas quanto os mosquitos adultos.

Ao todo, 71 agentes de endemias, 46 supervisores e oito coordenadores foram capacitados para instalação e monitoramento das armadilhas, que poderão ser colocadas em locais fechados ou em áreas abertas. Os agentes também serão os responsáveis pela reposição, a cada quatro semanas, dos sachês que contém larvicidas e fungos. A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é de que em 45 dias já seja possível verificar os primeiros resultados da nova ferramenta.

“Os agentes de combate às endemias da SMS estão realizando uma programação para instalar esse modelo de armadilha em outros pontos estratégicos localizados em todas as regiões da cidade”, sublinhou o titular da Secretaria Municipal de Saúde, Durval Pedroso, ao ressaltar que “essa estratégia é ecologicamente correta e segura”.

Estratégia

Durval Pedroso explicou, ainda, que no ano de 2022, a gestão municipal gastou mais de R$ 70 milhões com pacientes infectados somente com a dengue, e, conforme observou, “fazer o investimento com mais essa iniciativa, que resultará na prevenção e evitará que as pessoas fiquem doentes, é a forma mais adequada de fazer gestão em saúde pública”, pontuou.

As armadilhas possuem um QR Code, que vai georreferenciar as coordenadas de onde elas foram instaladas. Com o QR Code, será possível cadastrar a residência, registrar o que for encontrado nas visitas e trocas dos refis, além de permitir o monitoramento georreferenciado dos casos de dengue na região e, com isso, avaliar a efetividade das armadilhas, conforme as zonas de calor que são identificadas pelos agentes de combate às endemias, de acordo com os números colhidos por eles durante as visitas residenciais.

Cada armadilha tem uma cobertura aproximada em 400 metros, o que assegura proteção de boa parte de um quarteirão.

“A dengue, a Chikungunya, a Febre Amarela e a Zika são doenças virais de rápida disseminação, e a única forma de parar a transmissão é investindo no controle do vetor que é o Aedes, e essas armadilhas são uma nova ferramenta que estamos usando para combater o mosquito. Desse modo, conseguiremos reduzir essas doenças em Goiânia”, esclareceu o secretário de Saúde de Goiânia.