Saúde

Prefeitura intensifica ações de vigilância contra febre amarela

Orientação é que quem nunca se vacinou contra a doença procure uma unidade de saúde para se proteger

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) intensificou o trabalho de vigilância da febre amarela em Goiânia. A orientação é que quem nunca se vacinou contra a doença ou quem tem dúvidas se há comprovação do registro da vacina no cartão de vacinação procure uma unidade de saúde para se imunizar.

As doses estão disponíveis para maiores de nove meses de idade. As atuais diretrizes do Ministério da Saúde definem que quem tem uma dose contra a febre amarela comprovada na carteira de vacinação já está protegido. As ações de vigilância se intensificaram após a morte de um macaco na região dos condomínios da Região Leste da Capital. O animal foi encontrado sem vida por pessoas que passavam pelo local na manhã desta terça-feira (2).

Apesar da equipe de médicos veterinários da diretoria de Vigilância em Zoonoses identificar lesões características de atropelamento no corpo do primata, durante o exame realizado na manhã desta quarta-feira (3), todo o protocolo de vigilância para febre amarela foi adotado. A partir da necropsia foi possível coletar fragmentos de órgãos do animal para serem encaminhados para o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen). A previsão é que o resultado seja liberado em 15 dias.

Para a superintendente de Vigilância em Saúde da SMS, Flúvia Amorim, mesmo com suspeita de morte por lesão traumática, o trabalho de investigação deve ser realizado para se ter a certeza que o animal não estava contaminado pelo vírus da febre amarela. “Um animal doente fica mais susceptível a atropelamentos. Diante dos registros de casos da doença em São Paulo e Minas Gerais é preciso monitorar a circulação viral em Goiânia”, explicou.

Hipótese de doenças só pode ser descartada após realização de exames. (Foto: Leitor/ Mais Goiás)

Ações

Já há um cronograma definido para intensificar as atividades de vigilância, prevenção e controle nas áreas próximas ao local onde foi encontrado o corpo do macaco. Uma reunião com os moradores dos condomínios da região foi realizada na manhã de hoje para orientá-los das ações que serão adotadas pela Prefeitura de Goiânia em conjunto com os síndicos nas áreas residenciais e de mata próximas aos locais.

Outro eixo do programa de vigilância da doença que será intensificado na região é o manejo ambiental. Uma equipe de agentes de combate às endemias já foi direcionada para área para reforçar as visitas aos imóveis, combater focos do Aedes aegypti e orientar os moradores de que a participação deles é fundamental na eliminação das doenças transmitidas pelo mosquito.

Uma ferramenta complementar adotada é a vigilância viral, que consiste na coleta de mosquitos para isolamento do vírus amarílico nas áreas de ocorrência dos eventos suspeitos. “A região é propícia para proliferação dos insetos, pois há nascentes de rios e matas. As capturas serão feitas tanto na parte residencial quanto nas áreas verdes”, explica Flúvia Amorim. As amostras serão direcionadas para análise entomológica nos laboratórios da Zoonoses e da Universidade Federal de Goiás.

Vigilância

Segundo a SMS, a morte dos macacos é considerada um evento de alerta para o risco de transmissão de febre amarela. Entretanto, os animais não são transmissores da doença e atuam como hospedeiros e sentinelas para vigilância da circulação do vírus em uma determinada região.

A detecção do vírus entre eles auxilia no reforço das estratégias de controle do avanço da doença entre humanos. Ao encontrar um macaco morto ou doente, o cidadão deve entrar em contato com o Centro de Zoonoses. Os telefones para contato são: 3524-3131 ou 3524-3125.