Prefeitura realiza força-tarefa para reparar estragos provocados pelas chuvas em Goiânia

A forte tempestade que atingiu Goiânia no último domingo (7) deixou grandes estragos estruturais. Sobretudo ao longo dos Córregos Anicuns e Cascavel, onde, inclusive, um carro chegou a ser arrastado pelas águas. A prefeitura corre atrás e tenta reparar os danos enquanto outras chuvas fortes não caem. Além disso, elabora o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia (PDDU) a ser apresentado em dezembro para nortear possíveis soluções.

Na manhã desta segunda-feira (8), equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) foram até os locais para recuperar danos verificados na Avenida C-107, no Jardim América; na Rua Urbano Bercó, na Vila Mauá; na Avenida Padre Wendel, em Campinas, entre outros locais.

Também realiza a limpeza de bocas de lobo, poços de visita, bueiros, bem como cabeceiras de pontes afetadas com acúmulo de resíduos.

Quanto ao caso da ponte da Avenida H, no Jardim Goiás, que transborda sempre que há uma tempestade de maior monta, a prefeitura diz que a obra de drenagem e pavimentação, que está na Rua 52, ao ser concluído, deve resolver o problema a partir da ligação da rede.

Já o Córrego Cascavel a Seinfra diz que se tratar de um dos locais mais afetados pela insuficiência dos sistemas de drenagem, conforme confirmado pelos recorrentes transbordamentos observados e pelo diagnóstico apresentado pelo Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia.

Plano diretor de drenagem

Os alagamentos, segundo especialistas, e a própria prefeitura, acontecem, sobretudo, devido à insuficiência da drenagem, aumento da cobertura asfáltica na cidade, além de ocupações irregulares em áreas de preservação. Assim, chuvas como a de domingo, que chegaram a aproximadamente 70 milímetros (mm) em apenas 1 hora tendem a provocar grandes estragos e alagar algumas áreas.

No ano passado, a prefeitura assinou protocolo de intenções para elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia e aponta que o documento ajudará a nortear ações para evitar que estragos parecidos voltem a acontecer. Atualmente, está em fase de levantamento dos córregos de Goiânia.

O Secretário executivo da Seinfra, Alexandre Garcês, explica que 50% dos córregos da capital já passaram pelo levantamento, que deve ser concluído em dois meses. A partir de então, os pesquisadores passarão a propor soluções para os problemas.

“O que podemos dizer é que não vamos conseguir resolver o problema de drenagem com uma única solução. O Plano de Drenagem terá a função justamente de nortear as ações a serem feitas em Goiânia, como um todo. Ele será um diagnóstico com soluções mais gerais, que passam por desocupações, aumento de áreas permeáveis e mudanças na legislação”, explica Alexandre Garcês.