EDUCAÇÃO

Prefeitura remaneja servidores da Comurg para cobrir greve de administrativos nas escolas

Eles reivindicam pagamento de data-base, reformulação do Plano de Carreira e auxílio locomoção

A prefeitura de Goiânia remanejou servidores da Companhia de Urbanização (Comurg) para realizar serviços administrativos nas escolas municipais. Os servidores da área iniciaram greve, nesta segunda-feira (2), para reivindicar pagamento de data-base, reformulação do Plano de Carreira e auxílio locomoção.

A categoria diz que os remanejamentos dos servidores da Comurg é uma maneira de a prefeitura ignorar o contexto da greve, sem apresentar propostas e na tentativa de desmobilizar a categoria. O Paço, por outro lado, aponta que trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.

Segundo dados dos servidores administrativos, servidores de 120 instituições já aderiram à greve, algumas destas instituições estão totalmente sem atendimento, outras estão atendendo com quadro bem reduzido ou com atendimento parcial.

“Infelizmente há receio por parte dos servidores não concursados em aderir à greve, já que a Secretaria informou que o servidor com contrato temporário não pode aderir ao movimento grevista, sob risco de revisão do contrato”, informa o coletivo Administrativos na Luta SME Goiânia.

Além disso, a categoria argumenta que as pautas do administrativo são antigas, desde a greve de março de 2022, quando paralisaram para cobrar três anos sem reajustes na data-base, cobrando também a reformulação do Plano de Carreira e auxílio locomoção.

“A greve foi encerrada em abril. Mesmo sem nossas reivindicações serem atendidas, pois, recebíamos vale-transporte e apenas aumentaram menos de R$ 150, dando o nome de Auxílio Locomoção. Lembrando que atualmente o valor do Auxílio Locomoção dos professores com a mesma carga horária que a do administrativo, é de R$ 725, enquanto dos administrativos é de R$ 300”, pontua.

Assim, a categoria deve manter a greve até que a prefeitura atenda as reinvindicações.

Por outro lado, a gestão municipal trabalha pontua que trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.

“A prioridade, neste cenário, é garantir que as famílias não sejam prejudicadas. O remanejamento legal de servidores operacionais, quando necessário, para ocupações operacionais em escolas e Cmeis contribui com a garantia do direito essencial à educação”, informa.

Leia a nota completa da prefeitura

A gestão municipal trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.

A prioridade, neste cenário, é garantir que as famílias não sejam prejudicadas. O remanejamento legal de servidores operacionais, quando necessário, para ocupações operacionais em escolas e Cmeis contribui com a garantia do direito essencial à educação.

Além de atrasar o ano letivo, a paralisação pode interferir no processo de ensino-aprendizagem no momento em que os estudantes estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia.

Propostas apresentadas pela categoria estão sendo avaliadas com responsabilidade fiscal, uma vez que Goiânia, assim como todos os municípios brasileiros, apresentou queda de repasses federais.