Investigação

Prejuízo com fraudes no Detran pode ser milionário, diz presidente

“Ainda não temos números finais, mas se levarmos em conta que na operação passada apuramos…

Policial civil durante operação contra fraudes no Detran (Foto: Divulgação)

“Ainda não temos números finais, mas se levarmos em conta que na operação passada apuramos que uma só servidora deu um prejuízo de R$ 400 mil, o valor que o estado deixou de arrecadas devido às fraudes pode ser milionário”. Com estas palavras, o Presidente do Detran Goiás, delegado Waldir Soares, deu detalhes sobre uma operação, desencadeada hoje, que tenta cumprir, nesta quarta-feira (28/8), oito mandados de prisão, e 18 de busca e apreensão.

A ação que até o início da tarde já havia localizado seis, dos oito investigados que tiveram suas prisões decretadas, apura o registro e transferência, de modo fraudulenta, de veículos, junto ao Detran Goiás. Investigações mostraram que servidores efetivos e comissionados, que tinham senha para acesso ao portal do órgão, retiravam restrições para a transferência e venda de veículos, gerando um grande prejuízo financeiro ao estado.

Três servidores do órgão, de acordo com a Polícia Civil, participavam diretamente do esquema criminoso, que era contratado por despachantes, donos de garagens, e proprietários de veículos. Dois dos servidores investigados já haviam sido afastados de suas funções, mas um terceiro, que acabou preso hoje, continuava trabalhando no Detran.

As identidades e funções dos investigados, que responderão por 10 crimes, entre eles corrupção ativa e passiva, peculato eletrônico, falsificação de documentos, e falsidade ideológica majorada, não foram divulgados. Waldir Soares lembrou que as investigações, conduzidas pela Delegacia Estadual de Combate a Corrupção (DECOR), tiveram início depois que o Serviço de Inteligência do Detran detectou as fraudes, ocorridas, segundo ele, entre 2021, e 2022, e acionou a Polícia Civil.