Prejuízo de cada autoescola chega a R$ 60 mil, diz instrutor
O instrutor de autoescola Genivaldo Luiz ainda aguarda maiores definições de como funcionarão as aulas…
O instrutor de autoescola Genivaldo Luiz ainda aguarda maiores definições de como funcionarão as aulas remotas nos Centros de Formação de Condutores (CFCs). Segundo ele, pelo que tem ouvido, os prejuízos das autoescolas nesses 45 dias de quarentena do novo coronavírus chega a R$ 60 mil. “E ainda temos que gastar com o equipamento para videoconferência. Onde trabalho já foram vendidos dois carros”, revela. O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) informa, porém, que a portaria publicada só prevê a possibilidade das videoaulas e de credenciamento de empresas para isso. Ou seja, ainda não há previsão de começo.
Por meio do Diário Oficial do Estado desta terça-feira (5), o Detran-GO autorizou a realização dos cursos teóricos e especializados. Suspensas desde o início da pandemia do novo coronavírus, as aulas poderão ser ministradas de forma remota, mas com especificações como o reconhecimento biométrico facial (de professores e alunos) para a validação de presença. Os detalhes, porém, ainda são desconhecidos. “Liberaram, mas não definiram como será”, diz Genivaldo.
Em relação aos equipamentos para as aulas à distância, ele afirma que CFCs irão realizar um consórcio, para juntos reduzirem os gastos e adequarem o sistema. Ele lembra que as aulas teóricas foram paralisadas desde o início da pandemia, bem como as provas escritas. “As aulas práticas o Detran-GO liberou em 28 de abril, carro e moto. Acredito que a prova prática deve ser também até o dia 15. São cerca de 600 candidatos, que estavam agendados e foram cancelados”, elucida.
Detran-GO
O presidente do Detran-GO explica que não há previsão para o começo das aulas ou para o funcionamento. “É algo novo. Estamos trabalhando com deliberação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). É uma situação desconhecida.” A portaria publicada nesta terça-feira, ele explica, prevê a possibilidade de aulas remotas, e de credenciamento de empresas para entrar no órgão e ofertar estas aulas à distância. “Não temos previsão de começo.”
Sobre valores, preocupação exposta pelo instrutor da autoescola, ele afirma que o credenciamento será feito em situação de mercado, com possibilidades de uma a 30 empresas. “Aí elas enviarão valores para as CFCs, que desconhecemos. Não há nenhum valor especificado”, revela.
Ao ser questionado das provas práticas, ele não especifica dias, apenas afirma que irá retomar, dentro da margem de segurança do último decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM). “Todos querem discutir a questão financeira, mas não podemos ter disputa comercial neste ponto. Todos estão perdendo”, lamenta ele, que cita que a demanda por carteiras de habilitação era de 4 mil por dia.
O Sindicato dos Profissionais dos Centros de Formação de Condutores Estado de Goiás (SINPOCEFC-GO) foi procurado, mas não houve retorno.