Presa suspeita de mandar decapitar rival para defender família de investigação
Segundo a PC, cabeça seria apresentada em uma Bandeja. Suspeita acreditava que a vítima poderia incriminar o padrasto faccionado
A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), prendeu de maneira temporária uma mulher de 21 anos suspeita de mandar membros de uma facção criminosa decapitarem uma rival. A suposta mandante acreditava que a vítima era testemunha da Polícia Civil numa operação que investiga o padrasto dela por crimes na capital. Corporação informou que o crime foi evitado.
De acordo com a investigação, a mulher que foi presa é enteada do chefe de uma organização criminosa, conhecido como Baiano, que está inclusive preso na cidade de Goianira.
Baiano, segundo o delegado, está preso por tráfico de drogas e homicídio. “Junto esse pessoal comandava o tráfico da região e, por isso, acabavam matando também algumas pessoas”, detalhou.
Encomenda
A detida teria entrado em contato com Baiano e determinado a morte dessa suposta delatora, chegando a encomendar que a cabeça da vítima fosse arrancada e apresentada em uma bandeja, como forma de comprovação da execução.
Por esse motivo, os policiais determinaram a prisão temporária e cumpriram mandados de busca e apreensão domiciliar no endereço da investigada, que agora encontra-se à disposição do Poder Judiciário.
Currículo e atividades
Ao Mais Goiás o delegado detalhou que a jovem tem registro criminal por crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e posse ilegal de arma de fogo. As vítimas do grupo, segundo a Polícia Civil, costumavam ser carbonizadas.
A mãe da detida, inclusive, foi presa suspeita de ser quem carbonizava os corpos. Crimes eram conduzidos principalmente nos setores Orlando de Moraes e Antônio Carlos Pires, na capital.
Homicídios estavam sendo investigados no mês de abril deste ano, segundo a polícia, em uma operação denominada Incendiários.
Sem pensar
Na última quinta-feira (20), a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão contra a investigada, pois a suspeita teria tramado a morte de uma outra mulher que, na visão dela, estava atuando como testemunha na primeira parte da operação contra o padrasto.
Segundo o delegado Marcos Gomes, responsável pelo caso, a vítima não era testemunha de nada. Apesar do crime encomendado, a morte da mulher não foi concretizada, pois a suspeita foi presa antes.
“Ela [a suspeita] disse que foi num momento de raiva. Mas, a gente acha que não. O tal baiano que autorizava as mortes na facção e foi pra ele que a jovem solicitou a morte da vítima. Após a prisão eles ficaram sabendo que nós já estávamos sabendo da trama e que eles seriam responsabilizados”, explicou o delegado.
A vítima fugiu de Goiânia para outra cidade na tentativa de ter mais segurança, segundo o investigador.