Polícias prendem 15 pessoas suspeitas de desviar cargas avaliadas em R$ 30 mi

Ação integrada de polícias prendeu 15 pessoas suspeitas de desviar cargas avaliadas em R$ 30 milhões em diferentes partes do Brasil. Ao todo, 10 mandados de prisão foram cumpridos, bem como outras cinco prisões em flagrantes realizadas.

Resultado decorre do último dia da operação integrada entre Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), que teve início em 2020. Caso ocorreu na quarta-feira (11).

Pessoas suspeitas teriam conseguido desviar cargas avaliadas em R$ 30 milhões

A operação começou em junho do ano passado depois que a Polícia Civil constatou um significativo aumento no número de registros de ocorrências de roubos de carregamentos de soja e aço utilizados na construção civil.

Como funcionava esquema para desviar cargas

Durante as diligências, os policiais constataram que 100% dos registros de roubos eram falsos e se tratavam, na verdade, de um estelionato, que tinha a participação direta de motorista transportador.

Durante as investigações, os agentes descobriram que para atrair as vítimas, a quadrilha utilizava uma conhecida plataforma digital de contratação de frete e oferecia preços menores para empresários ligados ao ramo de transportes, vendas de aço, e armazenagem de grãos.

Como não consultavam os antecedentes dos contratados, os empresários acabavam entregando valiosos carregamentos para motoristas que já acumulavam vários antecedentes criminais.

Quadrilha: 15 pessoas foram presas, mas cinco continuam foragidas

Em pouco mais de um ano de investigações, os policiais conseguiram identificar toda a cadeia criminosa. Cinco suspeitos continuam foragidos. Durante a ação desencadeada ontem, um dos motoristas foi flagrado no exato momento em que desembarcava uma carga que tinha desviado.

Com suspeitos de desviar cargas presos, polícia recupera carregamentos

Além das prisões, os policiais também recuperaram na quarta-feira cinco caminhões, e várias cargas desviadas. Assim como os cinco investigados que seguem foragidos, os 15 presos responderão por estelionato, receptação qualificada, e associação criminosa, delitos que, somados, tem pena de reclusão que pode passar de 10 anos.