Presidente da câmara de Formosa e controlador interno são presos e têm bens bloqueados
Cinco mandados de busca de apreensão contra denunciados foram cumpridos; eles são acusados de associação criminosa e dispensa indevida de licitação
O vereador e presidente da câmara de Formosa, Edmundo Nunes Dourado, e o controlador interno da Casa, Humberto Serafim Mendonça, foram presos preventivamente na manhã desta quarta-feira (11). A Operação Número Sete cumpriu cinco mandados de busca de apreensão contra denunciados por prática de associação criminosa e dispensa indevida de licitações.
O bloqueio de bens dos acusados também foi determinado para assegurar o ressarcimento dos prejuízos aos cofres públicos. A operação é do Ministério Público de Goiás (MP-GO) em conjunto com a Polícia Civil (PC).
Até o momento, as buscas foram cumpridas nas casas dos dois presos e nas residências de Daniel da Silva Pereira e Karine Daniela Ribeiro da Silva. Eles são, segundo o MP, ligados à empresa Max Distribuidor, que também foi alvo de buscas.
Rodrigo Ferreira Xavier, Ricardo Ferreira Xavier, Leonardo de Castro Rezende, Daniel de Castro Rezende e Jabez dos Reis Oliveira também estão na lista de denunciados e respondem à ação penal. Todos os mandados foram expedidos pelo juiz da Segunda Vara Criminal de Formosa, Fernando Oliveira Samuel.
Segundo informações do MP, nos anos de 2016, 2018 e 2019, o vereador Edmundo Dourado, na condição de presidente da casa, adquiriu produtos nos estabelecimentos de propriedade dos denunciados sem licitação. “Favoreceu amigos, correligionários e apaniguados”, informa o órgão.
O parlamentar pode perder os direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Todos os envolvidos responderão por improbidade administrativa. De acordo com o Ministério Público, as penas podem chegar a oito anos de prisão.
O Mais Goiás tentou contato com a Câmara Municipal de Formosa, mas até o fechamento da matéria, as ligações não foram atendidas.
*Com informações do MP-GO