Escolas particulares de Goiás reclamam da demora para liberação de aulas presenciais
O presidente Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), Flávio Roberto de Castro,…
O presidente Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (Sepe), Flávio Roberto de Castro, reclama da relutância das autoridades sanitárias de Goiás em permitir que as aulas presenciais aconteçam com mais de 30% dos alunos em sala.
[olho author=””]”Quando foi liberado os 30% em outubro foi nos passado que, 30 dias depois, seria feita uma nova avaliação para aumentar a quantidade de alunos, mas não foi feita. Funcionamos até 18 de dezembro e agora aguardamos um novo monitoramento dos casos confirmados até o momento para ter um parecer”, afirma Flávio.[/olho]
O presidente diz que a adoção do modelo de 30% não causou sobressaltos na curva de casos de covid-19 em Goiás, o que deveria ter servido de argumento para que o percentual aumentasse. Flávio argumenta que não é o regime presencial, mas o descumprimento de protocolos sanitários que é o que expõe as pessoas ao risco de contaminação. A demanda do sindicato será debatida no Grupo de Trabalho da Educação e que, em duas semanas, será levada ao COE.
“Existe uma preocupação por parte deles [COE] de como a população se comportou nas festas de final de ano. Então eles têm essa preocupação do aumento da taxa de ocupação dos leitos das UTIs e aumento da contaminação. (…) Existe uma grande preocupação com a chegada da segunda onda”, conta.
As declarações foram dadas em entrevista à rádio Sagres.
Flávio disse também que um terço dos alunos de escolas particulares migraram para escolas com mensalidades mais baratas.
Segundo ele, o cálculo foi realizado com o número de matrículas realizadas entre a agenda letiva deste ano em relação ao ano passado. “A grande maioria das escolas começa as aulas no dia 18 de janeiro. As matrículas ainda não fecharam, mas há uma expectativa de se perder um terço dos alunos em Goiânia. Isso acontece dos alunos saírem da escola com mensalidade mais cara e irem migrando para a mais barata. E vai acontecendo em cadeia até o aluno não ter condições de pagar nada e ir pra rede pública”, destaca.
Crise
Na entrevista, o presidente afirma entender o momento sobre o qual o mundo vive, mas criticou o não retorno das aulas nas escolas. Segundo ele, os decretos foram bem flexíveis sobre outros setores e com protocolos que “nem vem sendo obedecido.”
[olho author=””]“A educação privada não teve nenhum caso desde que estamos abertos. Isso gera uma indignação não só nos diretores e donos de escolas, mas também nos próprios familiares, porque voltaram ao trabalho e não tem com quem deixar as crianças”, explica.[/olho]
Flávio pontua que o protocolo da educação é rígido e conta com 67 páginas. Dentre os pontos citados, estão as penalidades que os estabelecimentos podem sofrer caso não cumprem as exigências listadas diante a assinatura de um termo de responsabilidade feita pelos donos das escolas.
[olho author=””]“Nós não somos irresponsáveis. Se vier uma segunda onda e tiver a necessidade de um Lockdown, é claro que nós também faremos. Agora, já passam de nove meses e todos os outros segmentos conseguiram suas aberturas e voltaram às suas atividades. A educação foi a última. A gente se sente prejudicado com relação aos critérios para a educação que têm sido diferentes dos outros segmentos”, sublinha.[/olho]