Polícia Civil

Preso casal suspeito de vários assassinatos em Goiânia

Somente em agosto, Jhonathan Cardoso e sua esposa Bárbara Lueny teriam executado duas pessoas em Goiânia. Crimes estariam sendo ordenados de dentro da cadeia

Agentes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) prenderam um casal suspeito de participação em pelo menos oito assassinatos em Goiânia. Dois destes crimes teriam sido praticados por Jhonathan Cardoso de Lima, de 20 anos, mais conhecido como “mutuca”, e por sua esposa Bárbara Lueny Alves da Rocha, de 22 anos, conhecida como “pichula”, somente neste mês de agosto.

De acordo com o delegado Ernando Cazer, adjunto da DIH, o casal, que foi preso temporariamente nesta quarta-feira (22), em Goiânia, integra uma perigosa organização criminosa que trafica drogas na região do Bairro Goiá. A polícia, segundo o delegado, já tem provas de que os dois mataram Edney Costa Santana, em 24 de maio, Nattan Murilo Gomes de Oliveira, em 5 de agosto passado, e Lindomar Santos Carvalho, no último dia 8 de agosto.

“O Edney Costa eles mataram por conta da disputa por ponto de venda de drogas, e pelo que apuramos, foi a Bárbara quem o atraiu para que o Jhonathan o executasse. Já o Nattan foi morto porque teria assassinado um integrante da quadrilha deles, e o Lindomar porque cantou a Bárbara em uma distribuidora de bebidas”, relatou.

Ao menos dois destes crimes, segundo o delegado, teriam sido encomendados por um traficante conhecido como “boca de lata”, que cumpre pena em Aparecida de Goiânia. “Trata-se de uma organização criminosa extremamente organizada, sendo que o executor fica sabendo, um dia antes, qual é o carro que irá buscá-lo para a prática do homicídio, que arma lhe será fornecida, e quem será o comparsa que irá acompanhá-lo. Tudo isso comandado de dentro da cadeia”, pontuou o adjunto da DIH.

Além dos três homicídios já confirmados, o casal, ainda de acordo com Ernando Cazer, é suspeito de outros cinco assassinatos. O fato que chamou a atenção do delegado foi que os dois haviam sido presos em flagrante pela Rotam poucas horas depois de matar o Lindomar, no último dia oito, mas foram liberados no dia seguinte em audiência de custódia.