SERIAL

Preso por torturar e matar garota de programa em Goiás pode ter feito outras 7 vítimas

Suspeita é de que o homem tenha torturado, estuprado ou matado pelo menos outras sete vítimas no ano de 2014

A Polícia Civil informou que Leandro Alves da Costa, investigado por torturar e matar uma garota de programa e abandonar o corpo em Abadia de Goiás, em outubro de 2022, pode ser um criminoso em série. De acordo com a corporação, a suspeita é de que o homem tenha torturado, estuprado ou matado pelo menos outras sete vítimas no ano desde 2014.

Investigadores suspeitam que Leandro tenha envolvimento na morte de uma adolescente de 15 anos, também torturada e morta em um motel de Ciudad del Este, no Paraguai. O homicídio ocorreu a menos de um mês da morte da vítima goiana.

Leandro foi preso na fronteira do Brasil com o Paraguai na última sexta-feira (6), em Foz do Iguaçu.

O Mais Goiás solicitou detalhes dos outros crimes e aguarda retorno da Polícia Civil.

Abadia de Goiás

O crime mais recente terminou com a morte de Deyselene de Menezes Rocha, que trabalhava como garota de programa na região dos motéis de Aparecida de Goiânia. Ela foi vista pela última vez por familiares quando deixou o filho aos cuidados da irmã. O corpo, carbonizado e com arame envolto ao pescoço, foi encontrado em um matagal de Abadia.

A Polícia Civil chegou a divulgar vídeos que mostram Leandro e um casal de suspeitos, identificado como Wallace Alves Novais e Helen, saindo do motel onde Deyselene estava com o trio.

O delegado Arthur Fleury, responsável pela investigação, diz que observou as câmeras de segurança do motel e verificou que no banco de trás do veículo havia um volume encoberto com um pano. “Percebe-se também que referido objeto ou pessoa ocupa o banco todo, tanto que não cabe a outra mulher, que teve que sair a pé do local. Na conta paga no motel por Leandro há cobrança de um lençol e um travesseiro, que este levou”, explicou.

Segundo casal chega ao motel. A mulher suspeita continua foragida (Foto: Divulgação – PC)

Leandro era monitorado por tornozeleira eletrônica e, após o crime, a rompeu e desapareceu. Wallace foi preso mediante mandado de prisão temporária, mas nega participação no homicídio. Já Helen, ainda não foi capturada e permanece foragida.

A imagem dos investigados é exibida, de acordo com os ditames legais e regulamentares, e considerando a primazia do interesse público sobre o privado, a fim de garantir o reconhecimento por parte de outras possíveis vítimas, com fulcro no despacho motivado do delegado responsável pela investigação e os ditames da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC.