Foi encontrado

Preso segurança que matou morador de rua com facada no peito em Goiânia

Na delegacia, Selmar Pereira da Silva disse que tirou a faca da cintura apenas para assustar, e alegou que golpe foi involuntário, versão contestada pela delegada

Foi escondido na casa da patroa da esposa dele, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia, que a Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (16), ainda em flagrante, o segurança Selmar Pereira da Silva, de 46 anos. No final da noite de terça-feira (15), ele foi filmado discutindo, agredindo, e matando, com uma facada no peito, o morador de rua Danilo Gomes Sousa Amaral, de 19 anos, na porta de uma drogaria, no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia.

Em entrevista concedida à imprensa, Selmar disse estar arrependido, e alegou que o golpe foi involuntário. “Quando mandei ele sair da porta ele me ameaçou, falou que minha hora ia chegar, daí eu de fato perdi a cabeça, me virei, e dei um soco nele. Depois eu pretendia jogar ele do outro lado da grade e acabar com a confusão, mas ele agarrou em minha blusa, e quase ia me levando junto, foi quando eu tirei a faca para assustar, mas ele me puxou, e eu acabei acabei acertando o peito dele”, contou.

Responsável pelo caso, a delegada Magda D´Avila, adjunta da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), contestou a versão apresentada pelo vigilante. “As imagens são nítidas, e mostram que o morador de rua foi morto sem esboçar qualquer tipo de reação. Além disso, temos o depoimento de uma testemunha, que contou ter ido à drogaria apenas para comprar fraldas para a vítima, que, em momento algum, forçou a entrada no estabelecimento”, pontuou.

A delegada disse ainda que logo após o crime, Selmar Pereira da Silva pediu para dormir na casa de uma idosa que é patroa da esposa dele. “Tudo indica que ele pretendia ficar escondido lá até passar o prazo do flagrante, mas felizmente nossos agentes o encontraram antes”, concluiu.

Selmar Pereira, que até então não tinha passagem pela polícia, foi autuado por homicídio duplamente qualificado, crime que tem pena prevista de 12, a até 30 anos de reclusão.