Preso suspeito de liderar organização especializada em roubos de cargas
De acordo com o delegado da Decar, Alexandre Bruno, homem fugiu para a Bolívia e foi preso após voltar ao Brasil
O último suspeito de liderar uma organização criminosa especializada em roubos de cargas e caminhões foi preso na terceira fase da Operação Zayn, deflagrada nesta quinta-feira (19). De acordo com a Polícia Civil (PC), foram 25 dias de monitoramento para capturar Alexandre Keller Guimarães Valarin. O grupo agia em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e no Acre.
O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), Alexandre Bruno de Barros, afirma que o suspeito estava foragido desde agosto do ano passado, quando foi deflagrada a primeira fase da operação. Alexandre ficou escondido na Bolívia. De lá, segundo o delegado, ele ainda coordenava o restante do grupo para realizar os crimes.
“Desde que ele se escondeu na Bolívia, nós acompanhamos os passos dele. Quando entrou em solo brasileiro, ficamos de campana por mais 25 dias até efetuarmos a prisão dele. Com isso, fizemos a transferência dele para Goiânia. Ele já estava até recrutando novos integrantes para comporem a organização criminosa”, destaca o delegado.
Segundo o delegado, todos os líderes e até um advogado da organização estão presos. Inicialmente, o grupo roubava os caminhões e os levava para São Paulo, onde eram adulterados. Depois, os autocargas eram vinculados a uma transportadora registrada em nome de um laranja.
“Assim, eles colocavam o caminhão no transporte de empresas idôneas que procuraram a transportadora e realizavam os roubos. Eles adulteravam com maquinários de montadoras de caminhões e essa era a maior dificuldade de identificação, pois a alteração era praticamente perfeita”, afirma.
Alexandre Bruno conta que o grupo movimentou R$ 25 milhões com os roubos dos caminhões e cargas. Os produtos mais visados pelo grupo eram de gêneros alimentícios e grãos. Em Goiás, o grupo agia na região Norte do estado. Desde a deflagração da operação, 39 pessoas foram presas e 50 caminhões roubados foram recuperados. Outros 30 veículos ainda serão periciados. As investigações continuam para identificar a prática de lavagem de dinheiro.