Feminicídio

Preso suspeito de matar a namorada em dezembro de 2016

Após o encontro do corpo de Nayara Saraiva Barra, que ficou desaparecida cinco dias, Erick de Lima Souza chorou no velório, deu entrevistas e pediu justiça

O namorado da costureira Nayara Saraiva Barra, de 22 anos, que foi encontrada morta cinco dias depois de desaparecer, em dezembro de 2016, foi preso pela polícia suspeito de ser o autor do assassinato. Na ocasião, Erick de Lima Souza, de 26 anos, deu entrevistas chorando para emissoras de televisão e fez postagens em redes sociais pedindo justiça.

Elucidar o assassinato de Nayara Santana, que desapareceu de sua casa no Setor Recanto do Bosque no dia 15 de dezembro, e só teve o corpo encontrado no dia 19 do mesmo mês, em uma mata no mesmo bairro, era questão de honra para o delegado Carlos Caetano, que na época era adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), e hoje está como titular no 4º Distrito Policial de Goiânia. Como foi ele quem começou a investigar o caso, a Diretoria Geral da Polícia Civil permitiu que, mesmo não estando mais na DIH, ele desse prosseguimento com a apuração.

“Desde o início nós desconfiávamos do Erick, mas só agora conseguimos comprovar que ele, ao contrário do que dizia, esteve na casa da Nayara durante toda a noite anterior ao desaparecimento. Apuramos também que após o crime ele subtraiu o celular dela, e ficou mandando mensagens para o telefone dele como se ela ainda estivesse viva”, relatou o delegado.

O crime, ainda segundo Carlos Caetano, foi motivado por ciúmes, uma vez que Erick teria descoberto uma traição, e, durante uma discussão, bateu na cabeça da Nayara com um chaveiro grande em formato de um carro. “Após o assassinato ele voltou para a casa dele de moto, pegou uma Saveiro, retornou para a casa na namorada, colocou ela na carroceria e abandonou o corpo na mata”, concluiu o titular do 4º DP.

Apresentado à imprensa, Erick de Lima, que teve sua prisão preventiva decretada na semana passada, disse que é inocente, e que não sabia de onde a polícia teria retirado as provas que diz ter encontrado. Ele responderá por feminicídio e ocultação de cadáver, crimes que, somados, tem pena de até 30 anos de reclusão.