Homofobia

Preso suspeito de matar homossexual e roubar residência, em Goiânia

Após o assassinato, Werlon Pablo Dias Fogaça furtou alguns objetos da casa da vítima para tentar enganar a polícia

Um encontro marcado em um aplicativo terminou com o assassinato de um homem de 40 anos, em Goiânia. Ao ser preso e confessar o crime, Werlon Pablo Dias Fogaça, de 24 anos disse que matou o homem, que era gay, porque ele teria tentado “fazer sexo à força com ele”.

A pedido da família, a vítima não teve o nome divulgado pela polícia. O corpo do homem foi encontrado dentro da casa onde ele morava, no Setor Solange Park, no último dia 18 de junho. Ao analisar imagens de câmeras de segurança de casas vizinhas, agentes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) viram quando Werlon e uma mulher, que posteriormente a polícia descobriu ser irmã do suspeito, saem da residência da vítima levando algumas coisas embrulhadas em um lençol.

“Em depoimento, o Werlon Pablo disse que conheceu uma mulher em um aplicativo, e que ela o convidou para um churrasco na casa de um amigo, mas que, quando ele chegou lá, só encontrou o dono do imóvel. Os dois, então, ficaram ingerindo bebidas alcoólicas, e quando o Werlon, cansado de esperar pela suposta moça, que não respondia as mensagens resolveu ir embora, o dono da casa teria tentado manter relações sexuais com ele, ocasião em que os dois entraram em luta corporal”, relatou a delegada Mayana Rezende, titular da Deic.

Ainda segundo a PM, durante a briga Werlon quebrou uma jarra de vidro na cabeça da vítima, o agrediu com uma cadeira, e terminou de matá-lo com um profundo corte no pescoço, desferido com cacos de uma garrafa. Os objetos roubados da casa da vítima, de acordo com a delegada, seriam revendidos, mas acabaram queimados pela mãe do acusado.

Com preventiva decretada, Werlon Pablo, que já reponde a um processo por estupro, foi indiciado por homicídio e furto qualificado. E aguarda pelo julgamento na Casa de Prisão Provisória. A irmã dele foi indiciada por furto. Ela chegou a ser autuada, mas como não possui antecedentes criminais, responde ao processo em liberdade.

*Por Áulus Rincón, do Mais Goiás