Preso suspeito de tentar arremessar bloco de concreto na namorada em Goianésia (GO)
No momento em que recebeu voz de prisão, o sujeito tentou agredir os agentes civis com murros e chutes
A Polícia Civil prendeu um jovem de 22 anos suspeito de agredir a namorada, na cidade Goianésia, no Centro de Goiás. Segundo as investigações, o suspeito chegou a arremessar um bloco de concreto contra a vítima. O crime e a prisão do autor aconteceram na última segunda-feira (7).
A briga aconteceu no meio da rua e foram moradores que acionaram a polícia. Aos agentes civis, a mulher contou que não sabe o motivo pelo qual o companheiro a agrediu. Segundo ela, o rapaz se estressou por algo banal e iniciou uma discussão, que resultou em agressão.
A vítima tambem detalhou à polícia que o suspeito é “extremamente violento” e já havia tido comportamentos agressivos antes. Dessa vez, chegou a arremessar contra ela um bloco de concreto, geralmente usado para a construção de meio-fio de calçada. A pedra, porém, não a atingiu.
Logo depois de agredir a companheira, o suspeito foi embora. A mulher, que é transsexual, estava com o nariz sangrando.
Suspeito de agredir namorada resistiu à prisão
Assim que a polícia recebeu a denúncia do crime, começou a procurar pelo autor. A corporação explica que, como a denúncia foi feita no dia em que agressão aconteceu, os agentes civis conseguiram prender o suspeito ainda em flagrante.
Segundo a corporação, o homem não respeitou às ordens e resistiu à prisão. No momento em que recebeu voz de prisão, o sujeito tentou agredir os agentes civis com murros e chutes.
Apesar de ter relutado, o jovem acabou detido. Ele deve responder por lesão corporal qualificada pela violência doméstica e familiar, bem como por resistência à prisão. Os delitos estão previstos nos artigos 129 e 329, todos do Código Penal Brasileiro.
Atualmente, o sujeito está recolhido na Unidade Prisional de Goianésia-GO, à disposição do Poder Judiciário.
De acordo com a delegada Poliana Bergamo, vale ressaltar nesse caso que a vítima é transsexual, com identidade social com o sexo feminino, o que ensejou a aplicação da Lei Maria da Penha.
“Independentemente de qualquer adequação física, cirúrgica ou registral, a transexual feminina é mulher. Essa é a sua identidade de gênero, que deve ser reconhecida e respeitada pelo Estado”, enfatizou.
A vítima não quis acionar medidas protetivas contra o homem.
Ao Mais Goiás, a Polícia Civil não respondeu se o jovem possui antecedentes criminais. Além disso, a reportagem não teve acesso ao nome do rapaz e, por conta disso, não localizou a defesa dele para manifestação.
Violência contra a mulher cresceu durante 2021 em Goiás
Os casos de violência contra a mulher em Goiás aumentaram. Crimes de feminicídio, por exemplo, subiram 23% entre 2020 e 2021. No ano passado, 54 mulheres foram assassinadas; enquanto em 2020 esse número foi de 44 vítimas. Ou seja, 10 mulheres a mais tiveram suas vidas e sonhos interrompidos pela violência. Os dados são do observatório da Secretaria de Segurança Pública do estado goiano (SSP).
De acordo com o órgão de segurança, também houve um crescimento de cerca de 17,2% em casos de crimes contra a honra. No total, foram 1.575 ocorrências mais no ano de 2021 de mulheres caluniadas, difamadas e injuriadas.