Preso suspeito de vender cocaína e receber pagamentos via cartão em Rio Verde
Alessandro Souza negociava com os clientes por meio do Whatsapp e entregava a droga na residência do comprador; suspeito se gabava de vender cocaína pura
Um jovem de 24 anos foi preso, nesta segunda-feira (22), após ser flagrado vendendo cocaína e aceitando pagamento em cartões de crédito e débito, em Rio Verde, região Sudoeste de Goiás. Segundo informações do titular do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc), delegado Adelson Candeo Júnior, o que mais chamou a atenção da polícia, além da forma de pagamento, foi o serviço de “delivery“. O suspeito, Alessandro Souza Araújo, recebia o pedido pelo Whatsapp e ia até a residência do comprador para realizar a entrega.
Alessandro será investigado, ainda, por lavagem de dinheiro, uma vez que a maquininha de cartão utilizada para receber o pagamento do tráfico está ligada à conta de uma distribuidora de bebidas dele próprio, localizada também em Rio Verde. “O dinheiro recebido por ele [Alessandro] é apresentado como proveniente da venda de bebidas na empresa, mas, na verdade, é oriunda do tráfico de drogas. O suspeito se gabava de vender a “escama de peixe” original, que é a droga pura”, conta Candeo.
Conforme explica o delegado, Alessandro já possuía registros policiais por homicídio e por tentativa de homicídio. O suspeito foi preso no momento em que realizava a entrega de duas porções de cocaína no Bairro Martins. Ele foi conduzido à delegacia juntamente com o comprador. À polícia, o cliente de Alessandro, que não teve o nome divulgado, disse que já havia comprado droga com ele e utilizado do serviço de delivery várias outras vezes.
“Ele [Alessandro] já era conhecido no meio dos usuários. Sempre entregava a droga em pequenas quantidades no caso de ser parado pela polícia. Dessa forma, poderia se passar apenas por usuário”, salienta.
Após buscas na residência de Alessandro, foram apreendidas seis porções de droga e cerca de R$ 1,3 mil em dinheiro. Um inquérito foi instaurado para apurar o esquema de tráfico e, também, foi solicitada a autorização da Justiça para coletar informações do celular do suspeito, usado para negociar com os clientes. A polícia espera identificar os compradores e, assim, ouvi-los como testemunhas.
A polícia também apreendeu os cartões do cliente e a maquininha de cartões. Próximos passos da investigação serão realizar diligência na distribuidora de bebidas e, em até 30 dias, encaminhar o inquérito para a Justiça
*Thaynara Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira