Execução

Preso terceiro envolvido na morte de comerciante, em Goiânia

Impressões digitais deixadas no carro abandonado pelos assassinos levaram a polícia a identificar e prender…

Impressões digitais deixadas no carro abandonado pelos assassinos levaram a polícia a identificar e prender o terceiro suspeito de participação no assassinato do comerciante Simão Pereira Soares Neto, de 33 anos. O rapaz foi morto no último dia 25 de setembro no Parque Industrial João Brás, em Goiânia. O suspeito é Deyvid Nascimento Fernandes da Silva. Segundo as investigações, a execução foi ordenada por um preso do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Irmão de um sargento da Polícia Militar (PM) que trabalha na Rotam, Simão Pereira foi morto com cinco tiros dentro da loja dele, na Rua Tóquio. No mesmo dia, a polícia encontrou o carro usado pelos assassinos abandonado, e prendeu, ainda em flagrante, Yago Rosa, que dirigiu o veículo, e Carlos Coimbra, que confessou ter efetuado os disparos.

Na semana passada, o laudo do Instituto de Criminalística com as impressões digitais colhidas no veículo abandonado pelos assassinos, que Deyvid também participou do crime. Ao ser preso, ele negou as acusações. A investigação é conduzida por uma equipe liderada pelo delegado Ernane Cázer, adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).

“O que nós descobrimos é que o crime organizado está dividindo funções para tentar atrapalhar as investigações. Tanto que, no caso de assassinatos, por exemplo, tem um que fica responsável por arrumar o veículo, outro pelas armas, e outro pela execução. Neste caso em específico, o Deyvid foi quem guardou o veículo em sua própria casa dias antes do assassinato, e depois também ficou responsável por abandoná-lo”, descreveu Ernane Cázer.

O delegado disse, ainda, que no flagrante Yago e Carlos confessaram que o assassinato havia sido ordenado por um criminoso que já está preso. Para não atrapalhar as investigações, o nome do detento que encomendou o crime não foi divulgado.

“A área onde o Simão foi morto é dominada por uma facção criminosa. E o preso que ordenou a morte dele faz parte de uma organização rival, que está tentando dominar aquela área. O fato é que todos os envolvidos nesta trama, inclusive a vítima fatal, já possuem outras passagens e têm envolvimento direto com o tráfico de drogas”, concluiu o delegado.