Preso trio que pegava medicamentos de alto custo para mulher que já morreu
O trio foi autuado em flagrante por estelionato e associação criminosa, crimes que juntos tem pena de reclusão superior a seis anos.
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A estudante Jéssica Thauany Mendes Aguiar, 19, foi presa em flagrante pela polícia apos retirar, na Central de Medicamentos Juarez Barbosa, dois frascos de um remédio de alto custo usado no tratamento de câncer em nome de sua mãe que morreu em 22 de junho.
Além dela, a polícia prendeu Elias Lopes de Carvalho Filho, de 44 anos, e a esposa dele Luciana Reis da Cunha, de 20 anos, que já esperavam pela estudante para comprar os medicamentos.
De acordo com o que apurou o Delegado Fernando Gili, adjunto do Primeiro Distrito Policial de Goiânia, como tinha em mãos uma receita médica sem data com o pedido para a retirada de 12 frascos de Avastin 400mg, Géssica continuou a buscar o medicamento no Juarez Barbosa mesmo após o falecimento de sua genitora Elcirene Miranda Lemes.
Na delegacia, a estudante contou ter retornado ao Juarez Barbosa no mês passado para pegar mais quatro frascos, que junto com outros dois que haviam sobrado após o falecimento de sua mãe foram vendidos para Elias Lopes por R$ 8.500,00. No mercado, cada frasco de Avastin 400mg custa em média R$ 5 mil.
Ontem, no momento em que buscou mais dois frascos que novamente seriam vendidos para Elias por R$ 2.500,00, ela acabou presa em flagrante. Nas proximidades do Juarez Barbosa, os agentes prenderam também Elias e Luciana, que aguardavam pela estudante em um veículo.
A princípio, segundo o delegado, não existem suspeitas de que o médico que receitou os medicamentos tenha envolvimento na fraude, uma vez que, apurou, é comum a liberação de pedidos sem data como forma de não provocar transtornos para ao pacientes. A polícia vai investigar agora se o dono da distribuidora de medicamentos onde Elias Lopes trabalha também tem participação na compra e venda do medicamento.
Jéssica, Luciana e Elias foram autuados em flagrante por estelionato e associação criminosa, crimes que juntos tem pena de reclusão superior a seis anos. Elias Gili fez questão de deixar claro que foram servidores do próprio Juarez Barbosa quem procuraram a polícia, e disse que não há qualquer indício da participação de funcionários daquela central na fraude.