Suspeitos de aplicar golpes na compra e venda de imóveis são presos em Bela Vista (GO)
Trio falsificava documentos dos verdadeiros donos de imóveis e iam até o cartório, onde conseguiam uma procuração que permitia a negociação dos lotes
A Polícia Civil prendeu Jhone Vaz da Silva, Wellingthon Vilela de Jesus e Juciene Pinto Luz, em Bela Vista de Goiás, nesta quarta-feira (16). Eles são suspeitos de aplicar golpes na compra e venda de imóveis em cidades do interior de Goiás. Segundo as investigações, estima-se que o grupo já tenha causado um prejuízo milionário a vítimas. Prova disso é que só os imóveis que culminaram na prisão dos suspeitos valem R$ 200 mil.
O delegado do caso, William Bretz, explica que o grupo falsificava documentos dos verdadeiros donos de imóveis e terrenos. Eles iam até o cartório e se passavam pelas vítimas. Desta forma, conseguiam procuração que permitia a negociação dos lotes. A partir disso, procuravam pessoas interessadas em comprar os terrenos e realizavam as vendas de maneira ilegal.
Golpes na compra e venda de imóveis causaram prejuízos milionários, afirma delegado
“Estimamos que o prejuízo supere centenas de milhares de reais. Certamente, há muitas vítimas que nem têm conscieência de que tiveram seus lotes vendidos. As vezes é um imóvel que foi comprado no interior, para investir dinheiro. A pessoa deixa lá parado e não tem o costume de verificar todo ano se houve qualquer movimentação”, afirmou o delegado.
A polícia acredita que os dois homens presos nesta quarta (16), Jhone e Wellingthon, são suspeitos de realizar golpes nas cidades de Bela Vista de Goiás, Inhumas e Iporá. O delegado afirma ainda que há suspeitas de que Jhone cometa esses golpes há 10 anos.
Prisões
Nesta quarta (16), os agentes civis receberam informações de que Juciene, que mora em Bela Vista, possuía uma procuração pública falsa que estava sendo utilizada para negociação de lotes na cidade.
Ao averiguar as informações, os policiais foram até o local informado, mas não encontraram a mulher. Porém, flagraram Jhone e Wellingthon usando a mencionada procuração pública falsa e descobriram que o documento havia sido outorgado por Juciene.
A polícia relata que, no momento da prisão, Jhone se apresentou como Ricardo Silva Borges. Ele forneceu um documento de identidade falso e acabou detido por esse motivo também.
Ao realizaram mais buscas, os investigadores encontraram Juciene, que se passou pela proprietária dos lotes também utilizando RG falso. Assim, a equipe também a prendeu em flagrante por isso.
Busca por mais envolvidos no crime
O trio detido deverá responder pelo crime de associação criminosa, conforme artigo 288 do Código Penal, bem como uso de documentos falsos, conforme o artigo 304. A polícia afirma que procura mais envolvidos no grupo criminoso.
A imagem e qualificação dos investigados foi divulgada em razão da primazia do interesse público e para que outras vítimas possam identificá-los, seguindo os termos da Lei 13.869, Portaria nº 02/2020 e Despacho da autoridade policial responsável pelo inquérito, especialmente porque os autuados transitavam em cartórios diversos portando documentos de identificação e procurações falsas, que eram utilizados para venda fraudulenta de imóveis.