Presos 24 envolvidos em homicídios nas regiões Oeste e Noroeste de Goiânia
Entre os presos na "Operação Centrífuga", da Polícia Civil, estão foragidos da Justiça e pessoas vinculadas a facções criminosas. Seis são menores de idade
Durante ação realizada entre os dias 1º e 10 deste mês, a Polícia Civil (PC) prendeu 24 pessoas. Seis deles são menores de idade, todos envolvidos em diversos homicídios ocorridos em Goiânia, principalmente nas regiões Oeste e Noroeste da capital. Dentre os detidos na Operação Centrífuga estavam foragidos da Justiça e pessoas vinculadas a facções criminosas. Onze dos presos foram apresentados na tarde desta quarta-feira (16), na Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Segundo a PC, todos os menores apreendidos participaram de homicídios. Um dos adolescentes também é suspeito de tráfico de drogas e três estavam envolvidos com associação criminosa. Um menor ainda é suspeito de duas tentativas de homicídio no Setor Boa Vista e outro participou da chacina no Setor Três Marias em abril deste ano, que resultou em quatro mortes e um ferido.
O titular da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), Queops Barreto, relembra que três envolvidos foram presos na época da chacina. O adolescente foi detido neste mês. “Ele tinha somente 14 anos quando cometeu o crime”, afirma Barreto.
De acordo com o delegado Rilmo Braga, da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), a operação teve o objetivo de “tirar de circulação” indivíduos envolvidos em crimes violentos, todos das regiões Oeste e Nordeste. Já o delegado geral da Polícia Civil, Odair José Soares, ressaltou a importância do trabalho da PC em conjunto com Polícia Militar (PM).
O Secretário de Estado da Segurança Pública do Estado de Goiás, Rodney Rocha Miranda, disse que várias pessoas questionam o trabalho das polícias e afirmou que o que falta é o respaldo da Lei. “Hoje um adolescente cumpre alguns anos de medidas socioeducativas, mas logo já está nas rua cometendo crimes. A legislação traz para a sociedade um forte sentimento de impunidade. Precisamos pressionar o congresso para termos condições de fazermos nosso trabalho. Não adianta prender vinte vezes a mesma pessoa”, diz.