Operação Medlecy II

Presos membros de quadrilha especializada em desvio de medicamentos

Suspeitos, detidos preventivamente, integram quadrilha de São Paulo . Eles serão interrogados ainda nesta quarta-feira (31)

Medicamentos de alto custo, R$ 8.450 em espécie e um veículo de luxo foram apreendidos na madrugada desta quarta-feira (31) em uma empresa e duas residências. O trabalho é resultado da Operação Medlecy II, que apura desvios de medicamentos de alto custo de hospitais e posterior repasse clandestino a empresas distribuidoras de remédios de outros estados, principalmente de São Paulo. Duas pessoas foram detidas preventivamente. Segundo informações do Ministério Público, os remédios eram principalmente de combate ao câncer.

De acordo com as investigações, os presos seriam fornecedores de medicamentos de origem ilícita e abasteciam os demais membros da organização criminosa sediada em Bauru. Sucursais da quadrilha já foram identificados no Distrito Federal (DF), Goiás, e Espírito Santo. Os medicamentos eram enviados via Correios para Bauru. Os suspeitos foram delatados por outros membros do grupo presos durante a primeira fase da operação.

A dupla foi encaminhada para o IML e de lá passará por interrogatório no MP. Na sequência, os indivíduos serão conduzidos à Casa de Prisão Provisória, onde ficarão à disposição da Justiça de São Paulo.

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate Ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás em parceria com a Polícia Civil, em apoio ao Gaeco de Bauru (SP).

Primeira fase

A operação é um desdobramento de investigações iniciadas em 2015, quando criminosos obtiam medicamentos por meio de furto, roubo de cargas e desvio de órgãos públicos. Em seguida, os remédios eram vendidos a clínicas e hospitais de forma ilícita. Ao todo, o Gaeco de Bauru ofereceu denúncia contra 15 pessoas de Piratininga, Bauru, São Paulo, Campinas, Ribeirão preto, no Estado de São Paulo, além de indivíduos de Goiás, por organização criminosa, crime contra a saúde pública e receptação dolosa qualificada.

O Mais Goiás aguarda manifestação do MP de São Paulo, que coordena a operação. O Ministério Público de Goiás não irá comentar o caso.