OPERAÇÃO CRICKET

Presos militares do Exército suspeitos fraudar certificados de armas em Goiás e DF

Militares cobravam para inserir dados e informações falsos no sistema

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, na manhã desta terça-feira (26), seis mandados de prisão e 26 de busca e apreensão contra um grupo criminoso que cobrava quantias em dinheiro para facilitar ou fraudar a emissão de certificados de arma de fogo. Entre os presos, estão militares do Exército que trabalhavam no departamento de controle e fiscalização de armas e que, segundo a PCDF, atuavam com o fim de facilitar a posse, porte e comercialização clandestina de armas no DF e no estado de Goiás. 

As prisões ocorreram no município goiano de Luziânia e no Distrito Federal. Segundo informações da polícia, as investigações no âmbito da Operação Cricket apontaram que militares da ativa do Exército Brasileiro, integrantes do Sistema de Fiscalização de Produtos Controlados de algumas Organizações Militares vinculadas à 11ª Região Militar, associados a Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), concediam Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF) pessoas que não preenchiam os requisitos legais.

Foto: PCDF

Conforme a polícia, que contou com o apoio do Exército ao longo das investigações, os militares cobravam pagamento para fazer a inserção de dados e informações falsos no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas, o Sigma, com o intuito de propiciar a concessão ou revalidação de Certificados de Registros (CR) de CACs e a concessão de CRAFs.

As investigações duraram 6 meses e mostraram a atuação de um grupo criminoso organizado formado por 18 pessoas, baseado em Brasília e voltado, há dois anos, à posse, porte e comércio ilegais de arma de fogo.