Presos por matar empresário em Goiânia planejaram executá-lo outras duas vezes
Afirmação foi feita pelo delegado adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), João Paulo Mendes
Assassinado na manhã do último dia 15 de fevereiro em Goiânia, o empresário Bruno Bailão Lobo, de 40 anos, havia escapado, sem saber, de outras duas tentativas de execução. A afirmação foi feita pelo delegado adjunto da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), João Paulo Mendes.
O comerciante Edgar Silva Primo, de 30 anos, e Henrique Pacheco Almeida, de 23 anos, foram presos esta semana pela Polícia Civil, suspeitos de participação na morte de Bruno Bailão, que fabricava e revendia queijo muçarela. O crime teria sido encomendado por Edgar, que devia R$ 250 mil à vítima. Segundo a policia, os dois se conheciam desde 2009, e faziam negócios há pelo menos 10 anos.
Pelo que foi apurado, incomodado com a cobrança, o comerciante ofereceu R$ 15 mil para que Henrique matasse o empresário. Durante as investigações, os agentes da DIH descobriram que antes do dia 15 de fevereiro, Edgar e Henrique já haviam tentado assassinar Bruno Bailão em outras duas oportunidades.
“Na primeira tentativa, no dia 12 de fevereiro, os dois agora presos chegaram a ir, armados, para a entrada da cidade de Anicuns, mas como o movimento de carros por lá estava muito grande, desistiram da emboscada. Dois dias depois, o Henrique Pacheco foi até a residência do Bruno, e o chamou no portão, alegando que era um entregador do Mercado Livre. Como sabia que o empresário não fazia compras naquela plataforma, outra pessoa atendeu o suposto entregador, que lhe deu uma caixa de máscaras, e foi embora. Na manhã do dia 15, porém, o Bruno acabou sendo executado pelo Henrique, sob a supervisão do Edgar, quem de dentro de uma camionete, estacionada um pouco atrás do carro do empresário, acompanhou o assassinato, e ainda acionou a polícia, como se tivesse sido apenas uma testemunha do fato”, descreveu o delegado da DIH.
Exímio atirador
A frieza com que o assassino de Bruno Bailão praticou o crime, e a maneira segura como ele empunhou o revólver, e fez os disparos, chamou a atenção dos investigadores, que chegaram a suspeitar que o crime poderia ter sido praticado por alguém ligado à área da segurança pública. Em depoimento, porém, Henrique Pacheco contou que consegue manusear qualquer arma facilmente, porque nasceu na roça, e desde quando era criança, sempre efetuou disparos, com revólveres, e carabinas de diferentes calibres.
Durante a prisão dos dois suspeitos, os agentes da DIH apreenderam, além do revólver usado para matar o empresário, uma pistola, e duas motocicletas. Segundo a polícia, uma das motos foi usada no dia em que Henrique se passou por entregador, e a outra na data da execução de Bruno.