POLÍCIA

Presos seis suspeitos de aplicar golpes pelo whatsapp

Após criarem conta falsa, criminosos enganaram médico mineiro, que transferiu R$ 70 mil para um suposto parente

Aparelhos de telefone apreendidos pela polícia com os suspeitos (Foto: Polícia Civil)

Seis pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Civil em Goás suspeitas de integrar uma quadrilha que pratica o crime conhecido como “golpe do novo número”. Segundo as investigações, quatro dos presos emprestaram contas para a transferência do dinheiro obtido com o golpe, e dois atuavam como agenciadores. Com eles, a polícia apreendeu seis aparelhos de telefone celular que eram usados no esquema criminoso.

Um médico que mora em Minas Gerais foi quem procurou a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na semana passada, e relatou ter feito três transferências, totalizando R$ 70 mil, para contas de pessoas que moram em Goiânia, imaginando que o valor seria para um parente. De acordo com o que apurou a polícia, para enganar o médico, os criminosos criaram uma conta falsa no whatsapp, colocaram a foto de um parente dele, e em seguida entraram em contato, solicitando o empréstimo de valores.

“Este é um golpe que já se espalhou pelo Brasil, mas que é fácil da vítima não ser enganada. Para isso, toda vez que alguém lhe procurar pelo whatsapp falando que precisou trocar o número, você primeiro verifica se o número anterior está ativo, e, antes de qualquer conversa, tente falar com esta pessoa pelo telefone antigo, por mensagem de áudio, ou de vídeo, mas jamais transfira qualquer valor para uma conta cujo destinatário você não conheça”, alerta o delegado Cássio Arantes, titular do Grupo de Repressão e Estelionato a Outras Fraudes (GREEF), da DEIC.

Além dos seis presos na semana passada, outros três suspeitos de aplicar o mesmo golpe também já haviam sido autuados no início do mês. “Nós já temos nove suspeitos presos, outros dois identificados, e em breve chegaremos aos mentores e líderes desta organização criminosa”, garantiu Cássio Arantes. Os envolvidos no esquema, que não tiveram os nomes, nem idade divulgados, foram indiciados por estelionato, e associação criminosa.