Presos suspeitos de tortura, cárcere privado e outros crimes em clínica de reabilitação clandestina em Pontalina
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão
A Polícia Civil prendeu quatro homens suspeitos de praticarem uma série de crimes em uma clínica de reabilitação clandestina, em Pontalina. A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (16) no município, mas também em Caldas Novas, Abadia de Goiás e Acreúna.
Segundo a corporação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão contra indivíduos suspeitos de praticarem os crimes de tortura majorada, cárcere privado qualificado, estupro de vulnerável e furto qualificado. Dois indivíduos, entretanto, seguem foragidos.
A polícia informou que os suspeitos eram funcionários da clínica e exerciam funções de autoridade e guarda no local. A delegada Tereza Eduarda da Silva revelou, ainda, que essa clínica já teria atuado em Edeia. Contudo, os acusados têm a prática de mudar o estabelecimento de local, quando chamam a atenção das autoridades.
Operação
Ainda segundo a delegada, a operação desta terça-feira teve início após a prisão de um proprietário da clínica, no fim de março. Ele foi detido após um paciente conseguir fugir do local e fazer a denúncia.
“Um dos internos, inclusive, era menor, sendo o que mais sofria. No local, existia até mesmo uma cela de castigo. Uma sala com grades e cadeados onde colocavam os internos por dias, como forma de punição. Eles viviam sendo ameaçados e torturados”, narrou Tereza.
Cerca de 50 pacientes estavam na clínica durante a prisão em flagrante. Elas foram acolhidas por suas famílias. Nem todas as vítimas foram localizadas, segundo a delegada.
Acusados
Ao todo, são sete suspeitos – nem todos tiveram mandados de prisão expedidos -, além do proprietário, preso em 29 de março. A autoridade policial os identificou da seguinte forma:
- Lucas, responde por dois crimes de tortura e cárcere privado qualificado;
- Thiago, responde por dois crimes de tortura e cárcere privado qualificado;
- Rafael, responde por dois crimes de tortura, um cárcere privado qualificado e um furto qualificado;
- Mateus, responde por um crime de tortura e um furto qualificado;
- Joaquim, responde por três crimes de tortura, um crime de estupro de vulnerável e um crime de cárcere privado qualificado;
- André, responde por um crime de tortura majorada;
- Gustavo, responde por um crime de tortura por omissão e um crime de sequestro e cárcere privado.
Segundo a delegada, a maioria já possui registros criminais, entre eles homicídio e tráfico de drogas. A investigação segue no intuito de identificar o maior número de vítimas possível para responsabilizar os acusados.