Presos torcedores suspeitos de perseguir, espancar e matar rival esmeraldino na Av. Perimetral
Membros do Esquadrão Vilanovense seguiram um grupo de torcedores do Goiás e os agrediram em um semáforo no Residencial Humaitá. Alvejado duas vezes, uma das vítimas foi a óbito dois dias depois
Cinco membros da torcida organizada Esquadrão Vilanovense foram detidos na manhã desta terça-feira (13) por suposto envolvimento com a morte de Matheus Capuzo Lourenço Martins (27). No último 25/8, ele e quatro amigos esmeraldinos foram atacados no trânsito da Avenida Perimetral Norte, Residencial Humaitá, após saírem de um bar onde assistiram pela televisão o clássico entre Goiás e Vila Nova. Alvejado duas vezes na região abdominal, Matheus não resistiu e morreu dois dias depois.
Preventivamente, foram presos João Luccas Amancio Guimarães Amaral, José Amancio Pereira Neto, José Carlos Bezerra da Silva Sobrinho e Marcelo José Rosário. Marcelo Vinícius Assunção de Oliveira. O primeiro foi apontado como autor de seis disparos dos quais dois atingiram o torcedor rival. Também foram cumpridos outros sete mandados, de busca e apreensão, nas residências dos suspeitos e na do avô dos irmãos João e José Amancio, que pode ser o proprietário da arma utilizada no crime.
As investigações tiveram apoio da Gerência de Operações e Inteligência (GOI). De acordo com a delegada Myrian Vidal, responsável pela operação na Delegacia de investigação de Homicídios (DIH), três armas de fogo e uma porção de drogas foram apreendidas na ação. Os detidos já estão sendo ouvidos na mencionada delegacia.
Para Vidal, tudo indica que mais pessoas precisarão ser ouvidas. “Teremos que realizar oitivas com outras pessoas, citadas por eles e também fazer o confronto balístico entre as armas encontradas e o material retirado do corpo da vítima”, ressalta.
O caso
O crime ocorreu por volta das 21h daquele dia, depois que Matheus e quatro amigos deixaram, em um carro, o bar onde estavam, no Conjunto Itatiaia, sentido Shopping Passeio das Águas. Identificados como torcedores do Goiás, eles foram seguidos por cerca de quatro quilômetros por outros, do Vila Nova. Nas imediações do centro comercial, o grupo precisou parar o veículo em um sinaleiro. Foi quando torcedores colorados passaram a agredi-los com socos, chutes, pauladas e golpes de capacete. Os projéteis foram disparados na sequência.
Ao perceberem o amigo baleado, o grupo conseguiu voltar para o carro, com objetivo de conduzir Matheus a um hospital. No entanto, revela Myrian, neste instante, os agressores tentaram impedir a fuga. “Tentaram arrancar o alvejado de dentro do carro para que pudessem continuar a agredi-lo. Quiseram tirar ele do veículo na capacitada. Inclusive danificaram o automóvel. Cenas bárbaras mesmo”.
A delegada ainda revela que dois dos tiros acertaram um carro onde uma professora estava com sua filha adolescente. “Quando tudo começou, estavam no semáforo aguardando liberação quando o veículo em que estavam foi atingido. Por sorte os projéteis ficaram alojados nos bancos e ninguém mais ficou ferido. Desesperada, a professora só conseguiu parar para ver se a filha estava bem depois de se deslocar por vários metros do local”.