RESPOSTA

Previdência diz que documento do INSS de segurado de Goiânia com “bla bla bla” é falso

Pasta informa que tomará as devidas providência para identificar e responsabilizar os envolvidos na falsificação do documento público oficial

O Ministério da Previdência Social disse ao Mais Goiás que o laudo médico pericial apresentado em reportagem por uma TV de Goiás é falso. Conforme a matéria, dois médicos diferentes de agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Goiânia, que fizeram a perícia de um serralheiro de 52 anos, negaram a renovação do auxílio-doença dele com as seguintes considerações: “Bla bla bla bla bla.”

“Em consulta à base de dados do INSS verifica-se que o documento exibido na matéria não existe”, informou o Ministério. “Informamos ainda que no último laudo médico pericial, emitido em abril deste ano, a perícia médica reconheceu a incapacidade laboral do segurado. No entanto, em análise administrativa feita pelo INSS, o (…) não tinha direito ao benefício por não ter a qualidade de segurado.”

A pasta informa que tomará as devidas providências para identificar e responsabilizar os envolvidos na falsificação do documento público oficial.

Conforme a reportagem, o homem teria pedido o auxílio-doença em 2022. À época, ele relatou agravamento de dependência química, além de ansiedade e insônia. Naquele momento, o médico escreveu “bla, bla, bla”… Em 2023, ele fez um novo pedido e recebeu outra negativa com as mesmas considerações.

Em ambos os casos, o resultado da perícia foi por inexistência de incapacidade laborativa, conforme a reportagem. Dois médicos diferentes em agências do INSS de Goiânia teriam feito os laudos. É revelado que o segurado só conseguiu acesso aos documentos depois que a advogada dele fez a solicitação.

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) afirmou que notificou o INSS e levou o caso à Perícia Médica Federal em Goiás, “que se comprometeu a identificar o responsável pela avaliação e encaminhar o documento à Corregedoria da instituição”. O nome dos supostos médicos não foram divulgados.