Trajeto

Primeira ponte para acesso a Pontalina é liberada antes do previsto

"Agora vamos concentrar os esforços para liberar também a GO-40 com a maior brevidade possível”, diz Pedro Salles, da Goinfra

Primeira ponte para acesso a Pontalina é liberada antes do previsto

Após conclusão das obras no encabeçamento da ponte da rodovia GO-215, que dá acesso ao município de Pontalina, o tráfego no local foi liberado na tarde do sábado (11), pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). A conclusão dos trabalhos estava prevista, originalmente, para mais o dia 18.

A estrutura de sustentação das pontes da GO-215 e também da GO-040 – ambas dão acesso à cidade – foram carregadas após o rompimento da barragem da Fazenda São Lourenço das Guarirobas, zona rural de Pontalina. O caso aconteceu no último dia 4, após chuva de mais de 190 mm.

“Fizemos todos os esforços para que a população pudesse retomar o trajeto normal e, graças à dedicação dos profissionais, tivemos a oportunidade de antecipar o cronograma inicial. Agora vamos concentrar os esforços para liberar também a GO-040 com a maior brevidade possível”, declarou o presidente da Goinfra, Pedro Salles.

O Mais Goiás tenta verificar a previsão para a entrega da segunda a ponte de acesso à cidade, a da GO-040. A matéria poderá ser atualizada.

Barragem

Vale destacar que, após perícia realizada na barragem, foi constatado que não há registro de profissionais qualificados para execução da construção e alterações feitas na barragem ao longo dos anos. A Lei Federal de nº 6496/97 determina que tais obras devem ser realizadas sob registro e supervisão de engenheiro civil ou agrônomo. Polícia Técnico-Científica (PTC) alega que houve negligência por parte do proprietário do local. Falta de manutenção está entre a lista de irregularidades apontadas.

Além disso, no último dia 10, o levantamento indicou oito Responsáveis Técnicos (RTs) vinculados à represa. Apesar disso, nenhum deles abordou a construção da barragem ou pequenas alterações recentes, principalmente quanto à mudança no extravasor que passou a ser de alvenaria no lugar de tábuas. Nenhum profissional técnico que registrou no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) a realização de atividades relacionadas à represa assumiu a responsabilidade pela construção ou pela alteração estrutural dela.

Na mesma data, vale lembrar, o superintendente da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Robson Disarz, também disse não existirem condições de recuperar a barragem. Edson Guimarães, ex-prefeito da cidade e dono da propriedade, deverá apresentar outro projeto para a construção de uma nova barragem caso queira continuar com o empreendimento.

Ele já foi multado em R$ 100 mil por quatro infrações. Perícia constatou que local não possuía estrutura física adequada e projetos de engenharia para garantir condições mínimas de segurança. Fortes chuvas e alterações irregulares também contribuíram para o rompimento.