Principal suspeito de matar policial penal de Goiás organizava festas de aniversário para a vítima
O investigador informa que, em depoimento, Manelito Lima disse que era "muito humilhado" pelo amigo, o que motivou o crime
O principal suspeito de matar o policial penal de Goiás, José Françualdo Leite Nóbrega, 36, era quem organizava as festas de aniversário da vítima, em dezembro, com auxílio da esposa de José. Imagens de 2022 mostram o autor confesso, Manelito Lima Júnior, em um restaurante, ao lado do então amigo e sócio, cantando parabéns com direito a bolo e risadas. Em 2023, porém, ele deixou de lado o projeto festivo para planejar a morte do policial, crime que também ajudou a executar.
Manelito Lima Júnior e Daniel Amorim Rosa de Oliveira foram presos suspeitos de terem planejado o assassinato de José Françualdo. O delegado Vinícius Máximo, que investiga o caso, confirmou ao Mais Goiás que ambos confessaram o crime.
“Por enquanto, ele está preso pelo ocultamento de cadáver. O inquérito sobre o assassinato ainda não está finalizado”, afirma Vinícius Máximo.
O investigador informa que, em depoimento, Manelito Lima disse que era “muito humilhado” pelo amigo, o que motivou o crime.
Suspeito e policial penal eram amigos de longa data
José Françualdo e Manelito Lima eram amigos de longa data. No entanto, segundo as investigações, houve um desentendimento entre ambos relacionado à administração da loja do policial penal, que era gerida pelo principal suspeito. Manelito era responsável pelo financeiro.
Corpo encontrado em Padre Bernardo
José Françualdo Leite Nóbrega foi encontrado morto no município de Padre Bernardo, que fica quase na divisa com o Distrito Federal, na tarde de sábado (6/1). A última vez em que ele havia sido visto foi ao sair de Águas Lindas (GO), de carro, no dia 27 de novembro, para buscar R$ 40 mil em Brasília.
Cerca de 24 horas depois, o veículo foi encontrado carbonizado no núcleo rural Três Conquistas, no Paranoá (DF).
O policial penal havia trabalhado normalmente no domingo, dia anterior ao desaparecimento, na unidade prisional de Santo Antônio do Descoberto (Goiás). Ele atuava na 3ª Coordenação Regional Prisional. Em paralelo, era dono de uma loja que alugava materiais de construção.