R$ 1 milhão

Prisão de suspeito leva polícia a apreensão de centenas de roupas e tênis falsificados

Roupas e tênis falsificados ou transportados com notas fiscais falsas avaliados em R$ 1 milhão…

Roupas e tênis falsificados ou transportados com notas fiscais falsas avaliados em R$ 1 milhão e que tinham como destino lojas da região da Rua 44, no Centro de Goiânia, foram apreendidos durante uma operação conjunta entre policiais civis, militares, rodoviários federais e agentes da Secretaria Estadual da Economia. As peças foram localizadas após a prisão, no início da semana, de um homem que, usando roupas semelhantes as de Policiais Civis de Goiás, roubou um caminhão carregado com roupas em Aparecida de Goiânia.

O galpão onde estavam os três caminhões fica Vila Jaraguá, em Goiânia, ponto já conhecido dos agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar), que somente neste ano já haviam localizado, lá dentro, outras três cargas e alguns veículos roubados. Durante a ação desencadeada nesta quinta-feira (5), um suspeito de roubo e dois intermediários foram presos em flagrante. Mais 15 pessoas suspeitas de envolvimento com a quadrilha foram detidas e liberadas após prestarem depoimento.

“Na terça-feira nós prendemos um dos cinco homens que no dia anterior havia roubado um caminhão com roupas em um posto de combustíveis em Aparecida de Goiânia. A partir de então passamos a monitorar alguns suspeitos, até que, agora, chegamos nestas outras cargas que são falsificadas ou estão com notas fiscais falsas”, relatou o delegado Alexandre Bruno, titular da Decar.

Ação conjunta possibilitou prisões e apreensões (Foto: Áulus Rincon/Mais Goiás)

Em princípio, fiscais da Secretaria da Economia já constataram que pelo menos metade do carregamento é de roupas e tênis falsificados. “Algumas notas fiscais apresentadas aparentam terem sido adulteradas para encobertar mercadorias roubadas ou falsificadas, o que pode ter gerado um prejuízo superior a R$ 300 mil em impostos para o estado”, relatou o Delegado Regional de Fiscalização de Goiânia, Gerson Segundo de Almeida.

Os três presos durante a operação foram indiciados por receptação, crime contra a propriedade material, sonegação fiscal e organização criminosa, delitos que, somados, têm pena de até 20 anos de reclusão. A Polícia Civil e a Secretaria da Economia afirmam já terem identificado os comerciantes que receberiam as roupas e tênis falsificados, bem como proprietário do galpão onde a mercadoria foi apreendida. Eles também serão indiciados e convocados para prestar depoimento na próxima semana.

A Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) comentou o assunto. Em nota, a entidade afirma que não compactua com qualquer irregularidade ou ilegalidade. “A AER44 apoia toda e qualquer ação da polícia ou de outros órgãos de controle e fiscalização no sentido coibir e combater práticas ilícitas na região”.