SEMANA SANTA

Procissão dos Penitentes ocorre nesta quinta (14) na cidade de Goiás: conheça história

Tradição acontecerá nesta quinta (14), a partir das 23 horas, com saída da Igreja São Francisco de Paula

Procissão dos Penitentes ocorre nesta quinta (14) na cidade de Goiás: conheça história (Foto: Reprodução - Andrea Goldschmidt)

A cidade de Goiás voltou a celebrar a Semana Santa de forma presencial em 2022, depois de dois anos de paralisação por conta da pandemia da covid-19. Uma das atividades marcadas é a ‘Procissão dos Penitentes’, que acontecerá nesta quinta (14), a partir das 23 horas. A saída dos fiéis vai acontecer da Igreja São Francisco de Paula.

Tendo em vista a importância da festividade religiosa, o Mais Goiás ouviu teólogos a fim de entender um pouco melhor sobre a história da procissão dos peninentes (que acontece um dia depois da procissão do Fogaréu).

A teólogoa e irmã Claudete Chaves da Cruz explicou que essa é uma tradição de origem medieval, que ficou mais forte no Brasil na região nordeste. Segundo ela, durante a procissão, as pessoas buscam o perdão e também oram pelas almas das pessoas que estão no purgatório.

A especialista em festividades brasileiras Andrea Goldschmidt explica que, segundo a doutrina católica, mesmo aqueles que seguiram aos mandamentos divinos costumam precisar de alguma purificação antes da entrada definitiva no Céu. Essa purificação acontece no Purgatório, onde as almas pagam qualquer dívida que ainda tenham com Deus e obtém a santidade necessária para entrar ou não no lugar divino.

Tradição acontecerá nesta quinta (14), a partir das 23 horas, com saída da Igreja São Francisco de Paula (Foto: Reprodução – Andrea Goldschmidt)

A tradição leva em consideração que o destino das almas que estão no Purgatório pode ser afetado pela intercessão dos vivos. Portanto, os penitentes caminham pelas ruas, especialmente durante a Semana Santa, e pedem pelas almas dos que ja morreram.

Andrea diz que essa é uma tradição que inspira nas pessoas sentimentos de profundo respeito e reflexão, onde os penitentes costumam usar túnicas longas e capuzes brancos que cobrem seus rostos. “Para Deus, os rostos dos penitentes não precisam ser vistos, porque eles são almas rezando por outras almas”, justifica.

Os penitentes visitam templos do município e terminam no cemitério. Em cada parada é feita uma pausa, em que o grupo reza.