Fiscalização

Procon divulga balanço de atividades durante a greve dos Caminhoneiros

Dos mais de 210 estabelecimentos vistoriados, apenas dois foram autuados por prática de preços abusivos em razão das paralisações

Nos 10 dias de bloqueio das rodovias estaduais goianas, as dificuldades no transporte de mercadorias impactaram a comercialização de bens e serviços. Nesse período, de acordo informações do Procon Goiás, fiscalizações foram intensificadas para apurar denúncias de preços abusivos praticados pelo mercado, principalmente, no que se refere a combustíveis.

Ao todo, 213 empresas foram visitadas, entre 183 postos, 18 distribuidoras de gás de Cozinha e 12 supermercados. No entanto, apenas dois estabelecimentos – ambas distribuidoras de gás –  foram autuados em razão de preços exorbitantes. Os pontos comercializavam botijões a R$150. Estabelecimentos referentes às outras 16 denúncias foram encontrados de portas fechadas por falta de estoque de produtos.

Goiânia tem cerca de 270 postos, segundo Sindiposto. Desses, 183 foram vistoriados. Nenhum foi autuado (Foto: reprodução/ Procon Goiás)

Não foram encontradas irregularidades nos 183 postos vistoriados, no entanto, do total de 270, na Capital – dados do Sindiposto –, 87 deixaram de ser fiscalizados. O Procon montou tabela com menores e maiores preços constatados para cada tipo de combustível, confira:

MONITORAMENTO DO PREÇO DE COMBUSTÍVEL
COMBUSTÍVEL MENOR E MAIOR PREÇO PARA CADA PRODUTO
Gasolina Comum Menor preço R$4,489 – Maior preço R$4,999
Gasolina Aditivada Menor preço R$4,538 – Maior preço R$5,099
Gasolina Premium Menor preço R$6,549 – Maior preço R$6,589
Etanol Hidratado Comum Menor preço R$2,640 – Maior preço R$2,999
Etanol Hidratado Aditivado Menor preço R$3,099 – Maior preço R$3,190
Óleo Diesel S-10 Menor preço R$3,790 – Maior preço R$4,399
Óleo Diesel S-500 Menor preço R$3,690 – Maior preço R$4,199

Ainda, 12 supermercados tiveram mais de 220 itens conferidos nesse período. Entretanto, não foram percebidos indícios de prática abusiva em nenhum deles, apesar dos problemas de abastecimento terem provocado alta incomum de produtos na Ceasa, onde um saco de batatas, vendido a R$ 80 antes da greve, podia ser encontrado por R$ 400 durante a paralização.

O Governador José Eliton (PSDB) e o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Irapuã Costa divulgaram os dados em evento na noite de quarta-feira (30). Lá, Eliton destacou que as fiscalizações foram intensificadas para apurar as denúncias recebidas, as quais continuarão sendo investigadas.

Desse modo, apesar da liberação das rodovias, o Procon informa que a fiscalização continua. Denúncias podem ser registradas pelos telefones 151 e 32301-7124. Quem preferir, pode comparecer à sede localizada na Rua 8, no Centro, ou nas agências do Vapt Vupt. O atendimento também pode ser feito pela internet, via www.proconweb.ssp.go.gov.br.