CONSUMIDOR

Procon encontra variação de até 334% nos medicamentos em Goiânia

Estudo objetiva incentivar consumidor a pesquisar e buscar o menor preço

Apesar disso, os medicamentos devem mostrar evidências sobre eficácia, acurácia, efetividade e segurança (Foto: Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil)

O Procon Goiânia percebeu uma diferença de 334,24% no remédio genérico para hipertensão Aradois ao pesquisar medicamentos em dez drogarias da capital, em nove bairros. A pesquisa trata dos dez medicamentos mais vendidos de 2020, segundo ranking da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma). O intuito, na verdade, é incentivar o consumidor a pesquisar produtos e optar pelo melhor preço.

Segundo informado, os estabelecimentos fiscalizados estão nos setores Bueno, Central, Pedro Ludovico, Bela Vista, Vila Nova, Nova Suíça, Guanabara, Negrão de Lima e Santa Genoveva. Além do remédio de hipertensão, também foram verificados medicamentos para dor de cabeça, pressão alta, anti-inflamatórios e diabetes que têm mais saída nos balcões de farmácias.

A caixa de Aradois com 30 comprimidos variou de R$ 9,90 a R$ 42,99 (334,24%). Já o Torsilax (12 comprimdos), variou de R$ 4,99 a 13,31 (166,73%). Outro medicamento com diferença expressiva foi o Glifage (500mg/ 30 comprimidos), que serve para tratar diabetes tipo 2: R$ 4,15 a R$ 10 (140,96%).

E ainda: Dorflex (de R$ 4,42 a R$ 5,48); Neosaldina com 4 comprimidos (R$ 4,20 a R$ 5,22). A pesquisa foi realizada de 2 a 10 de setembro. Ela foi publicada pelo órgão de defesa ao consumidor no dia 11.

Objetivo do Procon

Segundo o superintendente Walter Silva, não há ilegalidade nos preços, que são regulados pelo dispositivo constitucional que garante o livre comércio, baseados na oferta e procura. Contudo, ela diz que o intuito do estudo é fazer o consumidor pesquisar. Ele afirma que fazer pesquisa é “altamente compensador.”

“Sugerimos ao consumidor andar com a pesquisa de preço e que avisem ao Procon se ele estiver diferente do catalogado. O cliente é o melhor fiscal. E ele pode buscar o menor preço graças a uma gama de variedades de estabelecimentos.”

Sobre os produtos pesquisados, ele informa que quase todos estão diretamente ligados ao estado emocional gerado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Febre, tosse, pressão alta, dor de cabeça, etc.” Ele sugere que os consumidores consultem a pesquisa.

Ela pode ser conferida na íntegra AQUI,