Procon Goiás recebeu 48 reclamações online contra a Hapvida neste ano
Órgão realizou operações contra a empresa no dia 12 de abril e na última segunda-feira (15)
O Procon Goiás informou ao Mais Goiás, nesta quinta-feira (18), que recebeu 48 reclamações online contra a Hapvida, neste ano, sobre dificuldades no tratamento e atendimento, entre outras. Tratam-se de manifestações pelo Procon Web. O órgão ainda faz o levantamento das queixas presenciais.
Vale lembrar, em sequência à operação realizada em 12 de abril, o Procon realizou nova fiscalização, no hospital Jardim América, em Goiânia, que atende emergência da instituição, na última segunda-feira (15). Diante da reincidência de denúncias pela má prestação de serviço, do longo período de espera por atendimento e da superlotação do pronto-socorro, a empresa foi autuada pela segunda vez e teve suspensa a venda de novos planos de saúde por sete dias.
Mas de volta as reclamações, o órgão informou que as principais, neste ano, foram:
- Negativação quando não houve contratação do serviço;
- Dificuldade para rescindir contrato;
- Alteração da rede hospitação sem autorização da ANS;
- Ausência de informações sobre o serviço;
- Negativa de cobertura;
- Dificuldade em contratar o serviço ou recusa injustificada;
- Cobrança em desacordo com uso;
- Dificuldade ou recusa em marcação de consulta, ou exame;
- Cobrança após cancelamento do contrato;
- e outras.
Última fiscalização
Na segunda-feira, de maneira cautelar, o Procon Goiás notificou para que haja a suspensão da venda de novos planos, em todo Estado, pelo prazo de 7 dias. O período pode ser prorrogado caso a empresa não comprove melhorias. Vale citar, a ação desta data contou com parceria da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).
Apesar da primeira autuação feita pelo Procon Goiás, a equipe de fiscalização recebeu novas denúncias de superlotação da unidade de saúde, o que continuou ocasionando demora e falta de atendimento. Durante a operação, os agentes constataram que não há serviço de triagem no pronto-atendimento, o que contraria normas da Agência Nacional de Saúde (ANS). Os fiscais verificaram ainda falta de lençóis em leitos de internação, equipamentos, como medidor de pressão, estragados, e flagraram também manuseio de medicamentos e seringas em bandejas que estavam em cima de lixeiras.
A autuação da empresa pode gerar uma multa que varia de R$ 754 a R$ 11 milhões, dependendo da extensão do dano, gravidade e faturamento da empresa. Se o consumidor precisar denunciar, deve entrar em contato com o Procon Goiás pelos telefones 151 (Goiânia) e (62) 3201-7124 (interior). O registro também pode ser feito pela internet, por meio da plataforma Procon Web (proconweb.ssp.go.gov.br).
Hapvida
Na segunda, o Mais Goiás procurou a Hapvida, que informou que tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e colaborado com as informações solicitadas. Segundo a empresa, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde têm enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência, causadas por quadros epidemiológicos que assolam o país.
Nota completa:
“A empresa informa que respeita e está à disposição do Procon-GO para quaisquer esclarecimentos, em nome do absoluto compromisso com a saúde dos seus beneficiários.
A respeito das fiscalizações realizadas nos últimos dias, esclarece que tem reforçado o número de médicos, equipes de atendimento e colaborado com as informações solicitadas, tendo em vista que, nas últimas semanas, toda a rede pública e privada de saúde têm enfrentado um aumento importante nas demandas de urgência e emergência, causadas por quadros epidemiológicos que assolam o país.
A autuação está sendo analisada e a Companhia prestará os devidos esclarecimentos ao órgão, bem como vem adotando todas as medidas necessárias ao aprimoramento e adequação dos serviços prestados na unidade.”