GOLPE

Procon interdita três empresas de assessoria financeira por suposta fraude, em Anápolis

Os fiscais identificaram que as empresas, que têm o mesmo dono, atraíam os consumidores através de anúncios de vendas de imóvel ou veículos

O Procon Goiás interditou três empresas de assessoria financeira de Anápolis, durante fiscalização realizada na quinta (31/8) e sexta-feira (1/9). Segundo o órgão, as instituições enganavam os consumidores ao venderem assessoria de forma velada.

Os fiscais identificaram que as empresas, que têm o mesmo dono, atraíam os consumidores através de anúncios de vendas de imóvel ou veículos em site de marketplace ou pelas redes sociais. Assim, realizavam os pagamentos achando se tratar de entrada a um financiamento para os bens.

No entanto, o consumidor não recebia o bem no período acordado. Ao reclamar, as empresas afirmavam que o contrato assinado não é de financiamento, mas de prestação de serviço de assessoria financeira.

A partir daí, os consumidores lesados passavam a tentar inúmeros contatos com os vendedores, mas não eram atendidos, não recebiam explicações, muito menos o dinheiro de volta.

Consumidora lesada

Em um dos estabelecimentos, há o caso de uma consumidora que deu R$ 1,4 mil acreditando ser a entrada para aquisição de uma moto. Ela afirma que recebeu a garantia que o financiamento seria liberado em, no máximo, 10 dias.

Passado esse prazo, entrou em contato com o vendedor, mas foi informada de que o veículo não estava mais disponível. Ela solicitou, então, a quebra de contrato e só aí soube que os R$ 1,4 mil não eram para entrada da moto, mas para pagamento de um serviço de assessoria financeira.

Crimes

As três empresas em Anápolis foram autuadas e interditadas por crimes contra as relações de consumo, pela falta de clareza nas informações prestadas ao consumidor, por abusividade em cláusulas contratuais e por publicidade enganosa. O prazo para defesa é de 20 dias.

Um auditor fiscal do município recolheu contratos de serviços e notas fiscais de todas as empresas. As documentações recolhidas serão devidamente analisadas para averiguação de possíveis irregularidades.

Com isso, já são 18 estabelecimentos do ramo interditados pelo Procon Goiás este ano.