Procon registra 189 reclamações contra academias desde o início da pandemia
De acordo com o presidente do Sindicato das academias de Goiás, Denis Egídio, custo dos estabelecimentos deve aumentar em cerca de 30% neste retorno às atividades
A retomada de atividades consideradas não essenciais em Goiás foi permitida após assinatura de novo decreto estadual na última segunda-feira (13). O documento prevê que os estabelecimentos como bares e academias podem retornar ao funcionamento, desde que cumpram os protocolos sanitários. Entretanto, no que diz respeito às academias de ginástica, uma questão vem sendo levantada: esses estabelecimentos podem cobrar a mais dos clientes depois de quase 120 dias de inatividade?
De acordo com o Procon Goiás, de 1° de março à 13 de julho deste ano, foram registradas 189 reclamações a respeito da conduta de academias de ginástica durante a pandemia de covid-19. Conforme expõe o órgão, as ocorrências se referem a cancelamentos de contrato e contestações de cobranças referentes aos meses em que as academias estão fechadas.
Segundo o presidente do Sindicato das Academias de Goiás, Denis Egídio, os estabelecimentos devem manter o preço da mensalidade nos casos em que o contrato foi firmado antes do fechamento por conta da pandemia do novo coronavírus. No entanto, para os casos de novas matrículas, os estabelecimentos podem fixar o valor que considerem conveniente.
“A questão é que o custo vai aumentar bastante com a compra de álcool em gel, álcool 70%, panos de limpeza. A estimativa é de que as despesas das academias cresçam cerca de 30% nesta fase”, reforçou o presidente.
Em relação ao pagamento de multa para os clientes que desejam rescindir o contrato, o presidente informou que a questão ainda está sendo discutida, e que ainda não tiveram um retorno quanto a essa situação junto à Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Entretanto, ele ressalta que essa seria uma decisão em comum acordo entre proprietários de academias e alunos.