Procon registra só 22 reclamações relacionadas ao PIX em Goiás em um ano
Dessas 22, conforme o Procon, 11 estão relacionadas algum tipo de fraude ou golpe envolvendo o Pix
No último dia 16 de novembro, o PIX – tecnologia de pagamentos instantâneos que usa dados pessoais como chave – completou um ano de existência. Desde então, o Procon Goiás registrou 22 reclamações relacionadas a esse sistema, que envolvem desde fraudes até envios indevidos de valores.
Desde que o Banco Central fez o lançamento da ferramenta para a transferência e recebimento de dinheiro, algumas modificações foram implantadas com o intuito de aumentar a segurança das transações. Entre elas está a limitação de valores que podem ser movimentados no período da noite, que desde outubro deste ano está restrita à quantia de R$ 1 mil para transferências entre 20h e 6h.
Além desse recurso, o BC liberou um outro que facilita o estorno de valores movimentados em casos de suspeitas de fraudes ou falhas operacionais. No entanto, mesmo com as novidades algumas falhas ainda ocorrem, resultando no registro de reclamações formais contra o sistema. De acordo com o Procon Goiás, 22 reclamações referentes ao Pix foram registradas neste um ano de atividade da ferramenta.
Conforme o órgão, foram 11 reclamações envolvendo algum tipo de fraude ou golpe, e 11 relacionadas à transferências indevidas, transações não efetivadas, cancelamento ou estorno de valores. O Procon destaca que esses registros são exclusivos do órgão e orienta os consumidores que, em caso de estelionato, não procure o Procon, mas sim a Polícia Civil, que possui a competência de investigar esse tipo de crime.
“O Procon pode ser acionado quando, por exemplo, a instituição financeira pode ser responsabilizada de alguma forma”, explica o órgão.
Veja quais são os principais golpes do Pix
Entre as várias artimanhas que criminosos usam para enganar suas vítimas por meio do Pix, algumas das principais são:
– Phishing
Os criminosos mandam mensagens ou e-mails com links falsos, fingindo ser o banco e induzindo a vítima a digitar dados importantes, como login, senha de acesso e CPF. O objetivo é conseguir acesso à sua conta para realizar transações indevidas.
– Clonagem do Whatsapp
Neste caso, os criminosos enviam uma mensagem pelo aplicativo fingindo ser de empresas com as quais a vítima tem relacionamento. Daí então, eles solicitam um código de segurança, que já foi enviado por SMS, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com esse código em mãos, eles conseguem replicar a conta de Whatsapp e enviam mensagens para os contatos da pessoa, se passando por ela e pedindo empréstimos por Pix.
– Golpe do Bug
Aqui, os criminosos aproveitam da má-fé da vítima ao espalhar em redes sociais afirmando que o Pix está com alguma falha em seu funcionamento, o famoso “bug”, e é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Contudo, ao tentar tirar proveito dessa ação a vítima enviará dinheiro para golpistas.
– Engenharia Social no WhatsApp
Neste tipo de golpe, os criminosos escolhem uma vítima, pegam sua foto em redes sociais e conseguem descobrir números de celulares de contatos da pessoa. Com um novo número de celular, eles enviam mensagens para contatos armazenados, principalmente familiares e amigos, informando que teve de trocar de número devido a algum problema. Assim, eles se aproveitam e pedem transferências via Pix para uma “emergência”.