REMÉDIO ACIMA DO PREÇO

Procuradoria do Estado vê erros nas contas da prefeitura de Caçu

Governo estadual pede esclarecimentos sobre compras de remédios consideradas irregulares

Cidade de Caçu em tomada aérea. Uma igreja aparece no centro

A Procuradoria-Geral do Estado manifestou contrariedade às contas apresentadas pela prefeitura de Caçu, no sudoeste goiano, em função de irregularidades na compra de medicamentos pela Secretaria Municipal de Saúde. O governo do estado pede apuração das irregularidades encontradas.

As irregularidades foram encontradas nas contas apresentadas pelo Fundo Municipal de Saúde de 2019. Foram encontrados produtos, insumo e fármacos adquiridos em empresas diferentes, sem a devida comprovação em processo licitatório.

A investigação também encontrou superfaturamento no preço dos medicamentos. Um exemplo é um chá regulador intestinal no valor de R$ 80. Além disso, não há receituário médico recomendando uso dos fármacos e a quantidade é considerada “incompatível com a realidade”. 

Além disso, a maioria dos fármacos adquiridos pela Secretaria de Saúde está disponível na assistência básica, o que afastaria necessidade de aquisição em estabelecimento privado. 

Salários

A PGE também encontrou salários considerados exorbitantes, que não condizem com a realidade socioeconômica de Caçu. Um das enfermeiras recebia, segundo aponta a PGE, R$ 10.098, já deduzidos INSS e Imposto de Renda. Os serviços não estariam comprovados na folha de ponto ou prontuário. 

Procurado, o secretário municipal de Saúde, Genes Izauro, esclareceu que se trata de um processo sobre contratação de home care. Ele afirma que várias acusações foram esclarecidas e solicitou cautela, pois “muitos deles não são descritos de forma procedente”.

O Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria de Comunicação de Caçu para mais esclarecimentos, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. O canal está aberto para a livre manifestação.