Professor de Educação Física é indiciado por crimes sexuais contra 18 alunos em Anápolis
Ele responderá por estupros, importunações sexuais, constrangimentos e até homofobia
O professor de educação física e treinador de vôlei Pedro Leandro Castro Pereira Araújo, de 34 anos, foi indiciado por crimes sexuais contra 18 alunos em Anápolis, cidade localizada a 55 km de Goiânia. O delegado Jorge Bezerra informou que a prisão do suspeito foi convertida em preventiva nesta segunda-feira (9) e ele aguardará o julgamento do processo detido.
As acusações contra Araújo incluem estupro de vulnerável, importunação sexual, homofobia e submissão de criança ou adolescente a vexame ou constrangimento. Apesar de também ter sido investigado por posse de material pornográfico envolvendo adolescentes, ele não foi indiciado por esse crime.
“A perícia nos aparelhos dele ainda não foi concluída, mas pode ser entregue até a instrução criminal com o juiz”, explicou o delegado Bezerra. Ele acrescentou que outros alunos foram ouvidos pela polícia, mas, até o momento, o professor foi indiciado por crimes cometidos contra 18 deles.
Professor de educação física indiciado pelo estupro de dois alunos
O indiciamento inclui estupro contra dois alunos, uma série de importunações sexuais e constrangimentos, além de homofobia contra três vítimas, conforme detalhado pelo delegado Bezerra. O treinador, que trabalhava no Colégio Couto Magalhães, foi desligado da instituição na época de sua prisão, em 15 de setembro. A instituição foi responsável por levar o caso à polícia.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto.
A polícia divulgou o nome do suspeito para estimular que outras eventuais vítimas denunciem os atos.
Relembre o caso
Em setembro deste ano, Pedro Leandro Castro Pereira Araújo, um professor de educação física e treinador de vôlei de 34 anos, foi detido em Goiânia sob acusações de abusos sexuais contra pelo menos 18 alunos com idades entre 13 e 18 anos, na cidade de Anápolis, situada a 55 km de Goiânia. A polícia alega que o suspeito conquistou a amizade das vítimas para estabelecer uma falsa sensação de “intimidade” para facilitar a prática dos crimes sexuais.
De acordo com o delegado Jorge Bezerra, a própria escola denunciou os crimes à polícia, depois de tomar ciência das denúncias. A partir de então, a Polícia Civil delineou o perfil de atuação do suspeito. O modus operandi de Pedro envolvia exibir vídeos pornográficos às vítimas,
“Ele começava a mostrar vídeos pornográficos, depois, a constrangê-las sobre a sexualidade. Por fim, passava a fazer algumas massagens, com toques inadequados nas partes íntimas desses alunos. Ele chegou a tocar nos seios de uma garota e a praticar sexo oral em um aluno”, detalhou o delegado.
Durante uma busca em sua residência, foram apreendidos dispositivos eletrônicos para perícia. Uma das vítimas diz que o suspeito mostrou uma foto de outro estudante nu a ela.
O Colégio Couto Magalhães, uma das escolas onde o acusado trabalhava, afirmou ter agido prontamente, desligando-o de imediato. Todas as 18 vítimas frequentam a mesma instituição.
A polícia, por sua vez, divulgou o nome do suspeito para estimular que outras eventuais vítimas denunciem os atos.
Por fim, Bezerra disse que novas vítimas ainda podem denunciar o caso presencialmente no Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), ou por telefone, através do número: (62) 3328-2700.