Professor do colégio militar é afastado após aluna denunciar assédio, em Anápolis
Um professor de Educação Física do Colégio Estadual da Polícia Militar Professor Gabriel Issa (CEPMG),…
Um professor de Educação Física do Colégio Estadual da Polícia Militar Professor Gabriel Issa (CEPMG), em Anápolis, foi afastado da unidade escolar após denúncia de assédio a uma aluna de 15 anos. O caso foi registrado na última segunda-feira (13) e é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). O profissional nega as acusações.
Segundo informações da direção da escola, a estudante procurou a divisão disciplinar da unidade e informou que não queria assistir a aula do professor, já que ele havia feito insinuações a ela por meio de uma rede social. Aos militares, a garota afirmou que possui o educador na plataforma desde 2018. No entanto, em 2019 ele teria enviado mensagens com conotação sexual à adolescente. A jovem apresentou prints com a conversa.
Ainda conforme a instituição, todas as medidas cabíveis foram tomadas após a unidade tomar conhecimento dos fatos. A mãe da adolescente foi chamada para uma reunião no colégio e um relatório sobre o caso foi encaminhado aos órgãos competentes para abertura de processo investigatório/sindicância.
Na terça-feira (14), a escola anunciou que o professor foi afastado. “Continuando as apurações sobre a denúncia recebida ontem (13), envolvendo um professor da unidade, informamos que a Coordenação Regional de Educação atendeu nosso pedido de afastamento do docente”, diz a nota.
Redes sociais
O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois que diversos alunos e ex-alunos do colégio criaram publicações e uma campanha com a hashtag #QuemOmiteConsente. No perfil da escola, os usuários também criticaram a situação e cobraram o posicionamento e explicações da instituição. “A gente não vai ficar calado, pedofilia e assédio é CRIME, se a escola não fazer barulho, a gente vai fazer!!! (sic)”, disse um usuário. “Caso você tenha sido uma das vítimas, queremos que saiba que sua voz será escutada”, comentou outro.
Também por meio de redes sociais, o professor se pronunciou e afirmou estar surpreso com as denúncias. “Quero esclarecer a todos que não tenho snapchat! Tive a rede social a 3 ou 2 anos atrás e não sei nem login nem senha desta rede social. Peço a todos que antes de julgarem investiguem se é verdadeiro”, diz trecho da postagem.
A reportagem procurou a delegada responsável pelo caso, Kenia Batista Dutra Segantini, e foi informada que os envolvidos serão intimados nos próximos dias para prestarem depoimentos. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) informou que será aberta uma sindicância para apurar o ocorrido e que já afastou o professor da unidade escolar. Confira o texto na íntegra: