Lei de Segurança Nacional

Professor preso por se recusar a tirar faixa contra Bolsonaro prestará esclarecimentos à PM

Arquidones Bites recebeu notificação da corporação e defesa dele confirmou a presença

Arquidones Bites na sede da Polícia Federal. (Foto: reprodução)

A Polícia Militar de Goiás (PM) encaminhou notificação ao professor Arquidones Bites, preso por se recusar uma faixa contra o presidente Jair Bolsonaro do seu carro, a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.

No documento, assinado pelo Tenente Coronel Gilson Vicente da Silva, a corporação solicita a presença do professor na próxima quarta-feira (16), às 9 horas, No 25º Batalhão da PM, em Palmeiras de Goiás. No local, ele deverá “prestar esclarecimentos alusivos aos fatos”, que levaram à abertura do inquérito contra o Tenente Marlon Jorge Albuquerque.

A defesa do professor, por meio de nota, afirmou que o fato do depoimento ter sido marcado em Palmeiras de Goiás causou surpresa, mas confirmou que ele irá comparecer.

Relembre o caso

Em vídeo ao qual o Mais Goiás teve acesso, o professor Arquidones Bites, que é secretário de movimentos populares do PT, é abordado em Trindade (a cerca de 16 km de Goiânia) por dois policiais que exigem que ele tire do capô do carro um adesivo com a inscrição “Fora Bolsonaro genocida”.

Em tom exaltado, o professor se nega a cumprir a ordem. O policial lê no seu celular trecho da LSN afirmando que o professor está, com base nela, cometendo um crime ao atribuir fato criminoso a Bolsonaro.

Arquidones repete, sempre em tom indignado, que não só ele, mas vários parlamentares, autoridades e outras pessoas, inclusive da CPI da Covid no Senado, chamam Bolsonaro de genocida.

Ele foi levado à Delegacia de Polícia Civil e, em seguida, para a sede da Polícia Federal, em Goiânia, mas foi liberado em seguida. Ao Mais Goiás, Bites conta que foi ouvido pelo delegado que, segundo ele, entendeu que nenhum crime havia sido cometido.