ASSEMBLEIA

Professores da UEG aprovam greve por tempo indeterminado a partir de 1º de março

Universidade possui cerca de 12 mil estudantes matriculados

Professores da UEG aprovam minuta do plano de carreira, que vai ao Conselho Universitário
Professores da UEG aprovam minuta do plano de carreira, que vai ao Conselho Universitário (Foto: Adueg)

Os professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) definiram em assembleia, nesta tarde de quinta-feira (22), por realizar uma greve por tempo indeterminado. O movimento terá início, a partir de 1º de março. A decisão ocorre por falta de resposta do governo de Goiás, segundo a Associação dos Docentes da UEG (Adueg).

Na quarta-feira (21), houve uma paralisação convocada pela Adueg. Na ocasião, quatro campus e 17 unidades pararam – entre eles, os campus de Anápolis, São Luís de Montes Belos e Morrinhos, além das unidades de Inhumas, Iporá, Itumbiara e mais. Até o dia 1º, as aulas seguem normalmente.

Como mencionado, a greve ocorre por falta de retorno do governo de Goiás sobre as demandas da categoria. Na última sexta-feira (16), quando foi aprovado o indicativo de greve, a Adueg encaminhou ofício aos responsáveis, mas não teve resposta. Na última segunda (19), os professores chegaram a iniciar o semestre letivo. A UEG possui hoje cerca de 12 mil estudantes matriculados.

Entre as reivindicações, está acesso à proposta de Plano de Carreiras dos Docentes da UEG, que tramita na Secretaria de Estado de Administração. A associação pede para integrar o Grupo de Trabalho que está reformulando a carreira. Já a segunda é que o Governo encaminhe ao Legislativo projeto de lei para alteração da Lei do Plano de Carreira dos Docentes da UEG com a extinção do quadro de vagas, a fim de viabilizar as promoções dos docentes (entre classes).

“A insistente intransigência do governo, que se nega a atender às nossas reivindicações, somado à unidade na luta que a categoria tem construído e fortalecido a partir das mobilizações (desde o início de 2023) e do acirramento da precarização do trabalho na instituição, os docentes da UEG resolveram dar um basta ao desrespeito a que estão sendo submetidos. Não foi uma decisão fácil, foram 3 horas de um debate cauteloso, responsável e denso, em defesa da categoria docente e em defesa da universidade”, explica o presidente da Adueg, professor Marcelo Moreira.

Mais Goiás procurou a UEG, ainda na quarta-feira (21), que manteve o mesmo posicionamento:

“A propósito das informações solicitadas pelo Mais Goiás, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) informa que a proposta do novo plano de carreira para os docentes da UEG, que sanará também a questão das promoções dos professores que concluíram suas respectivas titulações, foi elaborada por comissão formada pelo Conselho Superior Universitário da UEG (CsU) e aprovada, posteriormente, pelos membros do Conselho. A proposta está incluída na análise das carreiras que está sendo promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Administração.”