Educação

Professores de Goiás são desvalorizados, reclama deputada do PT

A deputada estadual Bia de Lima (PT) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação…

Bia de Lima, presidente do Sintego (Foto: Sérgio Rocha - Alego)

A deputada estadual Bia de Lima (PT) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) afirmou, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa (Alego) na manhã desta quinta-feira (29), que os professores goianos são desvalorizados.

”Os professores de Goiás ganham salários ruins. Goiás tem quatro mil pessoas esperando por concurso e fica chamando a conta gotas. Tem mais de 10 mil contratos temporários que não são temporários”, destaca a presidente do Sintego.

A deputada questionou ainda a ausência de debate sobre o salário dos professores na Assembleia. ”Porque ninguém cobra do governador? Tem distorções gravíssimas que eu gostaria muito de ver os deputados dessa Casa lutando conosco pelos profissionais da educação, porque educação de qualidade se faz com professores valorizados, não é só com prédios pintados”, finaliza Bia de Lima.

Negociação

Ao Mais Goiás, Bia de Lima disse que está em negociação com o governador Ronaldo Caiado com a perspectiva de reconstruir a carreira, porque segundo ela na atual gestão estadual houve um ‘achatamento’, e isso destruiu a carreira do professor.

”Nossa carreira foi destruída, o governo não pagou o piso como deveria e foi pagando só para quem ganhava abaixo do piso e com isso a nossa carreira acabou”, destaca a deputada.

Segundo a presidente do Sintego, hoje um professor em Goiás ganha em média R$ 4.200 com carga de 40 horas, independente do nível de formação. ”No início e no final as pessoas ganham a mesma coisa”, afirma.

Greve em Goiânia

Na última quinta-feira (22), os servidores administrativos da rede municipal de educação de Goiânia retomaram a greve. A categoria diz que a Prefeitura não cumpriu os acordos feitos no final de 2023.

De acordo com Bia de Lima, nesta segunda-feira (4) será realizada uma audiência de reconciliação. Para ela, essa será a última chance da administração municipal apresentar alguma proposta.

”Eu penso que o prefeito deve apresentar até lá uma proposta. Teve uma proposta mas foi recusada pela categoria, que era de dar R$ 300 para acrescentar o auxílio locomoção no piso, e não na carreira e nós estamos reivindicando que ele possa melhorar a carreira”, finaliza.

Em outubro do ano passado, os servidores técnicos administrativos deflagraram greve e pediam o pagamento da data-base 2023, a equiparação no auxílio locomoção, além do envio imediato do Novo Plano de Carreira à Câmara Municipal. Após um acordo com o Paço, os retomaram as atividades em 16 de novembro, após mais de 40 dias de paralisação.